A Casa Branca apoiaria o incremento das sanções contra a Venezuela, disse nesta quarta-feira um funcionário da administração americana durante uma audiência no Senado.
Segundo o conselheiro de Segurança Nacional Antony Blinken, que foi sabatinado por legisladores, os esforços fracassados por parte dos aliados latino-americanos para obter reformas no governo do presidente Nicolás Maduro fizeram o presidente Barack Obama mudar de opinião sobre um eventual incremento das sanções.
"Não faremos oposição à adoção de sanções adicionais" contra a Venezuela, disse Blinken ao comitê do Senado de Relações Exteriores, ao ser sabatinado como candidato a subsecretário de Estado.
Os Estados Unidos estabeleceram em julho restrições de viagens contra funcionários venezuelanos, mas os legisladores afirmam não ter recebido o apoio necessário da Casa Branca para impor sanções ao governo de Maduro.
A proposta de sanções, apoiada pelos senadores republicano Mark Rubio e democrata Robert Menendez, fracassou ao ser submetida ao plenário, no final do verão (boreal).
Durante a audiência desta quarta-feira, Menendez disse que o governo da Venezuela está usando os militares para reprimir a população.
O senador afirmou ainda que as violações dos direitos humanos prosseguem e que a situação política não melhorou na Venezuela.
Blinken concordou com as críticas e confirmou que o executivo apoia a decisão do Congresso de impor sanções aos funcionários venezuelanos. "Compartilhamos seus pontos de vista sobre o governo de Maduro".