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Estado de Minas

Líder dos Legionários de Cristo condenado por abuso sexual no Chile


postado em 11/11/2014 19:25

O influente sacerdote irlandês John O'Reilly, líder da ordem dos Legionários de Cristo no Chile, foi condenado nesta terça-feira a quatro anos de prisão por abuso sexual de uma menor, informaram fontes judiciais.

O Terceiro Tribunal Penal de Santiago condenou O'Reilly a "quatro anos e um dia de prisão", que poderá ser cumprida sob liberdade vigiada, e a inabilitação perpétua para exercer cargos em escolas ou relacionados a menores, assim como função pública de qualquer tipo.

O sacerdote, de 68 anos, foi considerado culpado de abuso sexual persistente contra uma menor entre março e dezembro de 2010 e entre março e julho de 2012, quando era líder espiritual em um colégio de Santiago.

O tribunal absolveu o sacerdote de abuso sexual contra a irmã mais velha da vítima, devido à falta de provas.

"Não foi um caso fácil, teve uma conotação especial, em um determinado colégio e envolvendo uma pessoa que não é qualquer um", disse na saída do tribunal a promotora Lorena Parra.

A sentença "prevê penas acessórias importantes, que implicam na proibição do senhor O'Reilly de trabalhar com menores".

"O objetivo da família era que acreditassem em sua filha, e isto aconteceu. A família está tranquila", destacou Parra.

O caso envolveu um dos sacerdotes mais influentes do Chile, a quem o Congresso nacional concedeu a nacionalidade chilena em 2008.

O abuso ocorreu no exclusivo Colégio Cumbres, onde estudam os filhos de grande parte da elite chilena.

O sacerdote irlandês - que chegou ao Chile em 1984 - foi por anos a imagem da ultraconservadora Congregação dos Legionários de Cristo no Chile.

O advogado de O'Reilly, Luis Hermosilla, assinalou que analisará a apresentação de um recurso no prazo de dez dias.

O fundador da ordem dos Legionários de Cristo, o finado mexicano Marcial Maciel, foi condenado por vários casos de abusos de menores, entre eles os filhos que teve com duas mulheres.

A congregação conservadora, fundada em 1941, conseguiu por décadas ocultar as denúncias contra Maciel e para tal contou com o apoio de altos funcionários do Vaticano durante o pontificado de João Paulo II (1978-2005), que considerava os Legionários um exemplo de virtude católica.


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