Em caso de independência, Escócia deverá pedir adesão à Otan

A Escócia, que decide na quinta-feira sobre sua independência do Reino Unido, deverá pedir sua adesão à Otan no caso de vitória do "Sim", afirmou o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen. "Não vou interferir na campanha na Escócia. Só posso dizer que se um novo Estado independente quer ser membro da Otan, deverá pedir sua adesão", afirmou Rasmussen em um discurso no instituto Canergie Europe.

"Esta adesão será considerada como acontece com qualquer outra adesão e eventualmente necessitará de um consenso" (entre os 28 membros da Aliança), completou. Para ser integrante da Otan será necessária a aprovação por unanimidade dos membros, destacou, sem revelar um prazo, já que a a adesão depende "da capacidade dos países para cumprir com os critérios necessários".

Uma eventual independência da Escócia "não afetaria a contribuição (econômica à Aliança) da Grã-Bretanha", um dos membros fundadores da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse Rasmussen ao responder perguntas do público, após seu último discurso público como secretário-geral da Aliança, cargo que ocupa desde 2009. Rasmussen deixará o cargo no final do mês e será substituído pelo ex-primeiro-ministro norueguês Jens Stoltenberg.