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Estado de Minas

Ebola deixou mais de 2.000 mortos; OMS estuda vacina


postado em 05/09/2014 17:22

A OMS decidiu nesta sexta-feira utilizar imediatamente os tratamentos experimentais sanguíneos e soros para lutar contra o Ebola, que já causou mais de 2.000 mortes, e anunciou que uma vacina pode ser disponibilizada a partir de novembro para os funcionários da área de saúde.

Após os testes que estão em andamento atualmente, e "se a vacina parecer segura, poderá ser disponibilizada ainda em novembro para funcionários da saúde", informou em um comunicado à imprensa a Organização Mundial da Saúde (OMS) após uma reunião de dois dias em Genebra, com mais de 200 especialistas.

Acelerar a resposta à epidemia de Ebola é ainda mais urgente agora que o surto alcançou um novo patamar: 2.097 pessoas morreram nos três principais países africanos afetados pela epidemia, de um total de 3.944 casos confirmados, segundo o último balanço da OMS divulgado nesta sexta-feira.

Na Libéria foram registradas 1.089 mortes, enquanto 517 pessoas morreram em Guiné e 491 em Serra Leoa. A Nigéria, que não foi incluída nas estatísticas, declarou 22 casos, incluindo 8 mortes.

"Nós chegamos a um consenso", declarou à imprensa Marie-Paule Kieny, assistente do diretor-geral da OMS. "Concordamos que os tratamentos a base de sangue e soros poderão ser utilizados" para tratar o Ebola.

"Isto poderá ser feito a partir de agora nos países afetados", ressaltou em seu Twitter. "O sangue dos sobreviventes poderá ajudar aqueles que estão infectados", considerou.

Contudo, a OMS alertou que a disponibilidade desses tratamentos experimentais continua "limitada". "Apesar dos esforços para acelerar a produção, o fornecimento levará alguns messes para ser suficiente".

Ainda segundo a OMS, a segurança sanitária de duas primeiras vacinas promissoras será estudada e anunciada em novembro.

Para uma das duas vacinas candidatas, os testes clínicos começaram nos Estados Unidos e serão mantidos no Reino Unido. Novos testes serão realizados depois na África. Os primeiros resultados são esperados para novembro e, se derem positivo, serão testados pela primeira vez em funcionários da área da saúde nos países afetados, indicou Kieny.

Próximas semanas cruciais

As Nações Unidas fixaram como meta deter a expansão da epidemia de Ebola nos próximos seis a nove meses, conforme afirmou nesta sexta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon.

Depois de uma reunião com autoridades da saúde, Ban afirmou que "as próximas semanas serão decisivas" para intensificar os esforços internacionais para combater a maior epidemia mundial de Ebola.

Ban fez um apelo para que os países da ONU "forneçam os 600 milhões de dólares necessários" para apoiar os países mais afetados pela epidemia.

"Precisamos de contribuições em pessoal, material e financiamento dos governos, do setor privado, das instituições financeiras e das ONGs", afirmou, exigindo "um aumento em massa da ajuda" em médicos e equipamentos.

Anunciando a criação de um "centro de crise para o Ebola", o secretário-geral afirmou que "o objetivo é deter a transmissão da doença a fim de evitar sua propagação no mundo".

A Europa anunciou nesta sexta-feira uma aumento significativo de sua ajuda, com 140 milhões de euros desbloqueados.

A "situação está piorando. Temos que unir nossos esforços e fornecer os meios de transporte aéreo e médico a nossos parceiros", ressaltou Kristalina Georgieva, comissária europeia responsável pela ajuda humanitária.

A Comissão Europeia comprometeu-se em março a fornecer EUR 11,9 milhões para o combate a esta doença.

Além disso, o médico americano infectado Rick Sacra de 51 anos, que trabalhava para uma instituição de caridade em Monróvia, capital da Libéria, chegou nesta sexta-feira ao Nebraska Medical Center, em Omaha, e foi colocado em quarentena.

Ele é o terceiro americano infectado com Ebola no oeste africano. Dois outros profissionais da saúde haviam sido repatriados em agosto e tratados com êxito com a utilização de um soro experimental.

A atual epidemia do vírus Ebola, que continua a se espalhar no oeste africano, não tem precedentes por sua amplitude. Ainda não há nenhuma vacina homologada contra a doença, e não há nenhum tratamento específico.


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