A justiça venezuelana inicia nesta quarta-feira o julgamento do opositor radical Leopoldo López, que pode receber uma pena de até 10 anos de prisão se for condenado por incitação à violência durante os protestos contra o governo em fevereiro, que deixaram 43 mortos.
O julgamento será realizado no tribunal 28 de Caracas. López está detido na prisão militar de Ramo Verde, nos subúrbios da cidade, desde 18 de fevereiro.
A defesa do opositor pediu o adiamento do julgamento, depois de denunciar que a Justiça não aceitou suas provas apresentadas esta semana. O tribunal tem até às 15h00 (16h30 de Brasília) para responder ao recurso.
O Ministério Público acusa o político de 43 anos, formado em Harvard e líder do partido vontade Popular, de "incitação pública à violência e conspiração", no contexto dos protestos da oposição registradas no início de fevereiro em diferentes locais na Venezuela.
López convocou em 12 de fevereiro uma manifestação em massa em Caracas para exigir a renúncia do presidente Nicolas Maduro, que foi descrita pelo presidente como um "golpe de Estado em desenvolvimento".
Ao final dessa primeira grande manifestação, a violência deixou três mortos, os primeiros de um total de 43 vítimas.