As autoridades americanas autorizaram o banco francês BNP Paribas a operar no Irã no início do ano, quando a instituição já era acusada de ter violado o embargo a Teerã, imposto nos anos 2000, revela nesta quarta-feira o Wall Street Journal.
Em fevereiro e março passados o departamento do Tesouro concedeu duas licenças com base na flexibilização das sanções prevista no acordo temporário sobre o programa nuclear iraniano com o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Inglaterra, Rússia, China e Alemanha), afirma o site do jornal.
Estas licenças permitem ao BNP Paribas realizar "algumas operações comerciais e financeiras" no Irã, segundo documentos obtidos pelo WSJ.
O jornal destaca que não está claro por que razões o Tesouro concedeu licenças ao BNP quando o banco era investigado por violar o embargo.
Procurado pela AFP, o porta-voz do Tesouro não respondeu.
O banco francês é acusado de violar o embargo imposto pelos Estados Unidos a países como Cuba, Sudão e Irã, e corre o risco de ser multado em mais de 10 bilhões de dólares (7,34 bilhões de euros) e sofrer uma suspensão temporária de suas atividades nos Estados Unidos, o que o impediria de realizar transações em dólares.