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Estado de Minas

Escritora e ativista Maya Angelou morre aos 86 anos


postado em 28/05/2014 14:37 / atualizado em 28/05/2014 15:41

(foto: Gary Hershorn/Reuters)
(foto: Gary Hershorn/Reuters)

A renomada escritora, poetisa e ativista dos direitos humanos afro-americana Maya Angelou, que teve a morte anunciada nesta quarta-feira, era também uma figura de ponta na luta pelos direitos cívicos nos Estados Unidos e ligada ao Prêmio Nobel da Paz, Martin Luther King.

Maya Angelou, 86 anos, "faleceu tranquilamente em sua casa antes das 08h00 da manhã", indicou sua família em um comunicado. Citando uma "vida de professora, ativista, artista e ser humano", o comunicado da família saúda "esta combatente pela igualdade, tolerância e paz".

A Universidade Wake Forest de Winston-Salem, Carolina de Norte, de onde era professora, falou de "um tesouro nacional, cuja vida e ensinamentos inspiraram milhões de pessoas no mundo".

Personalidade de múltiplos talentos, reconhecida com muitas prêmios e distinções, Maya Angelou escreveu o best-seller "Eu sei por que o pássaro engaiolado canta", assim como várias obras onde manifestou seu amor pela literatura e luta contra o racismo.

Maya Angelou falava seis línguas

Inúmeras mensagens de condolências começaram a ser transmitidas por parte de dirigentes e personalidades americanas que, como o deputado Steven Horsford em seu Twitter, lembraram "uma vida que serviu de inspiração para todos".

Nascida Marguerite Ann Johnson, em 4 de abril de 1928 em St. Louis (Missouri), a jovem "experimentou muito cedo a brutalidade da discriminação racial", de acordo com a biografia que consta em seu site mayaangelou.com.

Encontros com Malcolm X e Martin Luther King


Na adolescência, ela estudou dança e teatro em San Francisco, onde vivia com a mãe. Depois de tornou uma jovem mãe solteira, que teve vários empregos antes de partir em turnê na Europa com a ópera "Porgy and Bess". Posteriormente, aprendeu dança contemporânea com Martha Graham, dançou com Alvin Ailey e gravou seu primeiro álbum em 1957 antes de partir para Nova York, onde subiu nos palcos para encenar principalmente Jean Genet.

Seu casamento com o marinheiro grego Tosh Angelos data dessa época. Mas foi rapidamente seguido de um divórcio. A deformação no sobrenome acabou se tornando o nome artístico de Maya. Ela seguiu depois para o Egito, onde trabalhou em uma loja, e para Gana, onde conheceu o líder negro Malcolm X, assassinado em 1964.

Em seu retorno aos Estados Unidos, o pastor e ativista dos direitos civis Martin Luther King pediu a ela que assumisse a direção da sessão norte de sua associação de direitos civis Southern Christian Leadership Conference. O assassinato do Prêmio Nobel da Paz a deixou "anestesiada". De acordo com o New York Times, por anos, Maya Angelou não comemorou o seu aniversário no dia 4 de abril, o mesmo dia em que o pastor foi morto em 1968.

A escritora continuou a trabalhar para o cinema e a televisão. Atuou na série "Raízes" e dirigiu seu primeiro filme "Ressurreição" ("Down in the Delta"), com Wesley Snipes, em 1996. Em 1993, Bill Clinton pediu a Maya Angelou para que ela lesse um de seus poemas durante sua cerimônia de posse.

Em 2011, o presidente Barack Obama homenageou a escritora com a Medalha Presidencial da Liberdade, a maior condecoração civil do país. Na ocasião, ele elogiou "uma voz que falou a milhões de pessoas", acrescentando que uma de suas filhas foi batizada em homenagem a ela. Maya Angelou "inspirou muitos outros que sofreram injustiça em suas vidas", disse o presidente americano.


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