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Estado de Minas

Egito prorroga eleição presidencial diante de baixa participação


postado em 27/05/2014 19:46

O Egito decidiu nesta terça-feira prorrogar, por mais um dia, as eleições presidenciais que devem confirmar a vitória do ex-chefe do Exército Abdel Fatah al Sissi, diante da baixa participação do eleitorado.

A votação presidencial, que deveria ocorrer durante dois dias, foi prorrogada por mais um dia, até a quarta-feira, "para que um maior número de pessoas possa votar", anunciou a imprensa estatal.

"O número de eleitores é de 37%" do total, indicou em um comunicado Abdelaziz Salman, secretário-geral da Comissão Eleitoral, duas horas depois do fechamento dos centros de votação, que vão ser reabertos na manhã desta quarta.

Pouco antes, a comissão havia justificado a baixa taxa de participação por uma onda de calor.

O marechal Abdel Fattah al-Sissi, ex-chefe do Exército e novo homem forte do país desde a destituição do presidente islâmico Mohamed Mursi, em julho, já é considerado o vencedor da eleição. Mas ele está preocupado em garantir sua legitimidade com uma votação em massa.

Sissi lidera o governo interino que chegou ao poder depois da derrubada de Mursi, no dia 3 de julho de 2013, e da implacável repressão aos seguidores do presidente deposto. A perseguição aos militantes islâmicos o tornou muito popular com grande parte da população, insatisfeita depois dos três anos de caos que se seguiram à revolta popular contra o ditador Hosni Mubarak.

Nos bastiões islâmicos por todo o Egito ativistas colaram cartazes proclamando Mursi como o "único presidente legítimo" e boicotando a votação.

Tendo como único adversário o esquerdista Hamdeen Sabbahi, a eleição se transformou em um plebiscito sobre a permanência do atual regime.

Foram convocados às urnas 53 milhões de eleitores. Os resultados serão anunciados no dia 5 de junho, antes da convocação de eleições legislativas.

Em suas aparições na televisão, Sisi declarou que o Egito não estará pronto para uma democracia real antes de 20 ou 25 anos, uma afirmação que cai como um balde de água fria para aqueles que sonhavam com uma abertura do país.


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