Duas pessoas morreram e 21 ficaram feridas nesta quinta-feira em Bangcoc, durante um ataque contra um acampamento da oposição, informou a polícia tailandesa.
No total, 27 pessoas já morreram em seis meses de crise política na Tailândia, cujo último capítulo foi a destituição - na semana passada - da primeira-ministra Yingluck Shinawatra.
Os manifestantes não reconhecem o premier interino, Niwattumrong Boonsongpaisan, ligado à Yingluck, e rejeitam as eleições legislativas convocadas para 20 de julho.
No incidente desta quinta, duas granadas M79 foram lançadas pela manhã contra o acampamento de manifestantes na zona do Monumento à Democracia. Em seguida ocorreram disparos.
"A primeira vítima foi um manifestante que dormia no Monumento à Democracia. A segunda é um guarda que morreu baleado", declarou à AFP o oficial da polícia Wallop Prathummuang.
O hospital Erawan informou ter recebido 21 feridos.
Os manifestantes opositores, que defendem a intervenção do Exército, pedem a nomeação do presidente do Senado para o cargo de primeiro-ministro.
Segundo os analistas, os manifestantes têm o apoio das elites próximas à monarquia, que consideram o "clã Shinawatra", vencedor de todas as eleições legislativas desde 2001, como uma ameaça para a figura do rei da Tailândia, de 86 anos.