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Estado de Minas

Casa Branca pede ação urgente para combater a mudança climática


postado em 06/05/2014 12:37

A Casa Branca pediu uma ação urgente para combater a mudança climática, ao divulgar nesta terça-feira o impacto dos efeitos deste fenômeno nos Estados Unidos.

O relatório - que aponta residências e infraestruturas ameaçadas, ecossistemas alterados, setores inteiros da economia forçados a uma adaptação - é o resultado de quatro anos de trabalho entre centenas de climatologistas e outros cientistas e pretende ser uma ferramenta pedagógica para ajudar os americanos a reagir ante as mudanças, afirma a Casa Branca em um comunicado.

O presidente Barack Obama, que se comprometeu durante a campanha eleitoral a agir contra o aquecimento global, antes de esbarrar na intransigência do Congresso, deve falar sobre o tema nesta terça-feira durante uma série de entrevistas para a TV, segundo o governo.

Para John Holdren, conselheiro científico de Obama, o aquecimento global "não é uma ameaça distante", e sim uma realidade atual.

De acordo com Holdren, o documento faz soar um "alarma mais forte e mais claro" sobre as consequências do fenômeno nos Estados Unidos.

Um resumo de 100 páginas do relatório antecipa as críticas dos céticos da mudança climática com vários exemplos, argumentados e ilustrados, sobre a realidade do fenômeno e, em especial, sua origem na atividade humana.

O inventário compila dados publicados anteriormente, em particular sobre o aumento da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera, a violência cada vez maior dos fenômenos meteorológicos e o aumento do nível dos oceanos.

Caso não sejam adotadas medidas, o aumento do nível dos oceanos resultará a longo prazo na perda inexorável de áreas de baixa altitude como a Flórida ou o delta do Mississippi, na Louisiana.

Impacto da Flórida até o Alasca

Na região sudoeste do país, que registrou um forte aumento da população nos últimos 30 anos, "a mudança climática prevê dificuldades para uma área que já é seca e que ficará ainda mais seca, especialmente ao sul, e mais quente", afirma o documento.

Além disso, também representa um problema maior de acesso à água e de incêndios florestais.

Os efeitos se manifestam de forma espetacular no Alasca, onde a temperatura aumenta "duas vezes mais rapidamente que no restante dos Estados Unidos", destaca o estudo, que aponta "mudanças maiores nos ecossistemas" em consequência do desaparecimento das geleiras e "danos à infraestrutura" pelo degelo do permafrost.

O documento também recorda que há componentes vitais para a economia ameaçados pelo aumento do nível da água ou o aumento do número de ciclones tropicais que afetam as zonas costeiras.

Este é o caso da rota número 1, em Louisiana, estratégica para a produção de petróleo e que, no entanto, está "afundando" com o aumento do nível da água.

De acordo com estimativas citadas no relatório, se esta rota ficar inutilizável por apenas três meses, a economia americana deixaria de gerar 7,8 bilhões de dólares.

O estudo aponta que "a mudança climática aumentará o custo dos sistemas de transporte do país", de forma que os cientistas consideram necessárias "medidas importantes de adaptação".

Congresso cético

"Estas conclusões destacam a necessidade de atuar com urgência ante a ameaça da mudança climática", afirma o documento.

O relatório é parte dos esforços de Obama para conseguir o avanço de um programa de luta contra o aquecimento global, que permanece paralisado no Congresso.

Esta é uma das grandes promessas de Obama durante a campanha presidencial em 2008, mas o tema passou ao segundo plano depois do fracasso de um ambicioso projeto de lei no início de seu primeiro mandato, quando o Partido Democrata tinha maioria nas duas câmaras do Congresso.

Mas em 2010, os democratas perderam o controle da Câmara de Representantes para os republicanos.

Muitos conservadores rejeitam novas leis federais sobre emissões poluentes por considerar que as normas impedem o crescimento e a criação de empregos.


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