O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje que a oposição venezuelana é "mesquinha" e "egoísta", acusando-a de ter sabotado o seu primeiro ano de mandato. "Eles tentaram sabotar o meu governo, o primeiro ano, todos os dias. Não me deram trégua, como normalmente [ocorre] em qualquer país. Um presidente ganha e a oposição dá-lhe uma trégua, seis meses, um ano talvez", acrescentou.
O presidente da Venezuela disse que não irá "chorar, como eles fazem", referindo-se aos opositores, a quem chamou ainda de fascistas e covardes."Tivemos que enfrentar um ano de batalha, de 'guarimba' [vandalismo com barricadas nas ruas], violência, mas [eles] não conseguiram travar a revolução bolivariana", destacou.
Os novos funcionários policiais "devem estar formados para proteger" os venezuelanos, disse, ao lembrar que é preciso criar um sistema de segurança para uma convivência estável. Segundo ele, enquanto "não se restabelecerem, no entanto, os valores do respeito, isso será difícil".
A Venezuela tem sido palco, há mais de dois meses, de protestos quase diários contra o governo do presidente Nicolás Maduro, por causa da crise econômica, escassez de produtos, insegurança, corrupção, ingerência cubana e repressão por parte de organismos de segurança do Estado.
Alguns protestos resultaram em confrontos violentos, que deixaram 42 mortos, 6.081 feridos, 22.851 detidos (privados temporariamente de liberdade) e 1.682 presos na sequência de sentenças condenatórias.