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Estado de Minas

NetMundial exige gestão multilateral da Internet e condena espionagem


postado em 24/04/2014 22:16

A cúpula NetMundial - Encontro Multissetorial Global Sobre o Futuro da Governança da Internet - exige uma gestão multilateral da Internet para reduzir a hegemonia "de facto" dos EUA sobre a rede, segundo o documento divulgado nesta quinta à noite no final do encontro em São Paulo.

A governança da Internet deve ser "inclusiva" e "transparente" e permitir "a participação de múltiplos atores", destaca o documento, que também condenou a "vigilância em massa e arbitrária" na rede.

Para os cerca de mil participantes que compareceram a esse encontro de dois dias em São Paulo, a Internet deve ser "inclusiva, transparente e responsável e suas estruturas e operações devem seguir uma abordagem que permita a participação de múltiplos atores".

A governança da Internet precisa se dirigir para o objetivo de estabelecer uma rede global, estável, flexível, descentralizada, segura e interconectada, "disponível para todos", ressalta o texto.

"Seus padrões devem ser consistentes com os direitos humanos", enfatiza o documento, adotado por consenso e sem natureza vinculante para governos, empresas e outras organizações.

Por razões sobretudo históricas, os Estados Unidos sediam os principais organismos que administram os endereços, domínios, normas e protocolos da web, o que há anos irrita vários governos.

Durante a abertura da cúpula, a presidente Dilma Rousseff declarou que nenhum país "deve ter mais peso do que outro" na gestão da Internet e pediu aos demais países em desenvolvimento que participem desse processo.

A participação ampla e representativa na gestão da Internet foi uma reivindicação geral nesses dois dias de discussões, durante os quais se reafirmou que governos e sociedade devem ter voz e voto.

A NetMundial também condenou fortemente a espionagem eletrônica, alguns meses após o escândalo deflagrado pelas revelações do ex-analista de Inteligência americano Edward Snowden. De acordo com o material vazado pelo consultor hoje asilado na Rússia, o governo americano espionou as comunicações de milhões de pessoas, incluindo a presidente Dilma.

"A vigilância em massa e arbitrária enfraquece a confiança na Internet e a confiança no ecossistema de governança da Internet", alerta a declaração.

"A coleta e o uso de dados pessoais por atores governamentais e não governamentais devem ser sujeitos às leis internacionais dos Direitos do Homem", defende a resolução final da cúpula, divulgada nesta quinta-feira à noite.


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