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Estado de Minas

Papa demonstra cansaço na abertura das celebrações da semana santa

Na Missa de Ramos, Francisco pede aos católicos que se perguntem se agem como Judas ou se são fiéis a Jesus


postado em 14/04/2014 08:29 / atualizado em 14/04/2014 08:35

Na Missa de Ramos, Francisco mostrou cansaço e pediu que os católicos se perguntem se agem como Judas ou se são fiéis a Jesus(foto: REUTERS/Alessandro Bianchi )
Na Missa de Ramos, Francisco mostrou cansaço e pediu que os católicos se perguntem se agem como Judas ou se são fiéis a Jesus (foto: REUTERS/Alessandro Bianchi )

O papa Francisco iniciou os ritos da semana santa com a missa de domingo de ramos. Falando de improviso durante a homilia, pediu aos fiéis que questionem seus atos diante da vida. Ele citou Jesus e Judas para lançar a pergunta sobre se os católicos são como o traidor de Cristo ou se mantêm a fidelidade ao Senhor. “Onde está meu coração? A qual dessas pessoas (do Evangelho) me assemelho? Que esta pergunta nos acompanhe durante toda a semana”, lançou aos fiéis em tom sério ante uma multidão congregada na Praça de São Pedro.

Apesar de ter começado as celebrações com a aparência cansada, ao final da missa mostrou-se sorridente e, aclamado pelos fiéis que agitavam ramos, Francisco beijou várias crianças e deficientes físicos e tomou um pouco de chimarrão oferecido por um fiel. Segundo um porta-voz do Vaticano, mais de 100 mil pessoas assistiram à missa de ramos. Vestido com o tradicional traje litúrgico roxo, fez uso da palavra, mas não leu o texto que foi distribuído anteriormente para a imprensa, no qual se referia principalmente à entrada de Jesus em Jerusalém, que é celebrada, segundo a tradição cristã, durante a missa de ramos.

O papa improvisou e preferiu enfatizar o fato de que este domingo também está relacionado à Paixão de Cristo. “Quem sou eu? Quem sou eu frente a Jesus que sofre?”, questionou ao iniciar seu discurso inesperado, causando uma tensão palpável entre os fieis. “Inclusive, ouvimos outro nome: Judas. 30 moedas. Sou como Judas? Ouvimos outros nomes: os discípulos que não entendiam nada, que ficaram dormindo enquanto o Senhor sofria? Minha vida está adormecida?", indagou Francisco. “Sou eu um traidor? Sou como aqueles líderes religiosos que têm pressa em organizar um tribunal e buscam falsos testemunhos? Sou eu como eles?”, perguntou novamente, citando Pôncio Pilatos, que, “ante uma situação difícil, lava as mãos, não assume suas responsabilidades”, e referiu-se também aos soldados, que “agridem o Senhor, cospem nele, o insultam e se divertem com sua humilhação”.

Durante a missa, Francisco também citou exemplos que considera positivos no Evangelho, como o personagem de Simão de Cirene, “que voltava cansado do trabalho, mas teve a boa vontade de ajudar o Senhor a carregar a cruz”. Depois da missa, um grupo de jovens brasileiros entregou a cruz da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) a outro grupo de jovens oriundos da Polônia, onde terá lugar o novo encontro, em Cracóvia, em 2016.

Pouco antes, o pontífice presidiu a procissão de ramos, apoiado em um bastão esculpido para a ocasião pelos detentos do presídio de San Remo (Centro-Oeste da Itália) e cercado por dezenas de jovens padres e bispos. Durante o Ângelus, o papa recordou a canonização, em 27 de abril, junto de João XXIII, de João Paulo II, iniciador da JMJ há 30 anos e que, “na comunhão dos santos, seguirá sendo um pai e um amigo para os jovens do mundo”.


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