(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Venezuela aberta à mediação do Vaticano ou da Unasul diante da crise


postado em 31/03/2014 23:01

O chanceler da Venezuela, Elías Jaua, garantiu nesta segunda-feira que o governo está aberto à presença de um mediador do Vaticano ou de um grupo de chanceleres da Unasul para "testemunhar a boa fé" do diálogo com a oposição.

"Poderia ser o secretário de Estado do Vaticano, que foi núncio e conhece bem a realidade venezuelana. É um homem com visão objetiva de tudo o que ocorreu e que está ocorrendo na Venezuela", disse Jaua em entrevista ao canal de notícias Globovisión sobre os dois meses de protestos no país, que já deixaram 39 mortos, 560 feridos e 168 detidos.

O governo da Venezuela aceitaria "um pequeno grupo de chanceleres da Unasul" (União das Nações Sul-Americanas), destacou Jaua, estimando que também poderia ser alguém proposto pela oposição, "sempre que seja para criar as melhores condições".

Na quinta-feira passada, o presidente Nicolás Maduro já havia aceitado como "testemunhas" para facilitar o diálogo alguns chanceleres da Unasul, que visitaram Caracas.

Após reuniões com distintos setores da sociedade, a pedido do governo venezuelano, os chanceleres da Unasul concluíram que há vontade de ambas as partes por uma mediação do grupo.

Mas setores da oposição afirmam que enquanto o governo apela ao diálogo, a Justiça venezuelana segue detendo estudantes e dirigentes opositores.

Henri Falcón, governador do Estado de Lara e integrante da opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD), convocou a coalizão para o diálogo com o governo afirmando que "já chega de tantos erros e de tanta violência".

"É preciso sentar na mesa e como dirigentes da MUD apresentar propostas e exigências ao governo nacional para acabar com o estado de incerteza que atinge o país", disse Falcón em entrevista coletiva.

Ex-chavista que passou à oposição, Falcón afirmou que é preciso iniciar o diálogo "sem demora" para acabar com "a violência que está causando tanto dano à juventude venezuelana", e exigiu do governo Maduro "o fim da repressão a manifestações pacíficas e constitucionais".

"Antes que continue aumentando o número de mortos, é preciso olhar para frente, exigir uma mudança das políticas radicais (...) sentar na mesa de negociações e explorar soluções (...). Nossos jovens não podem seguir morrendo, é preciso atuar".

O principal líder opositor na MUD, o governador de Miranda, Henrique Capriles, rejeita participar das negociações propostas por Maduro.

A Venezuela vive uma onda de protestos deflagrada pelo movimento estudantil no dia 4 de fevereiro, em San Cristóbal, que se alastrou pelo país com queixas contra a inflação, o desabastecimento, a criminalidade e a prisão de estudantes e líderes políticos.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)