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Estado de Minas

Líderes mundiais demonstram preocupação com situação na Ucrânia

A equipe de segurança nacional do presidente norte-americano, Barack Obama, se reuniu neste sábado para estudar possíveis medidas. Ucrânia pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU neste sábado para que se possa agir rapidamente e deter a agressão russa na Crimeia


postado em 01/03/2014 18:37 / atualizado em 01/03/2014 20:12

Líderes mundiais criticaram neste sábado a decisão do parlamento russo, após Moscou ter aprovado o envio de tropas para a região ucraniana pró-Rússia da Crimeia(foto: VIKTOR DRACHEV / AFP)
Líderes mundiais criticaram neste sábado a decisão do parlamento russo, após Moscou ter aprovado o envio de tropas para a região ucraniana pró-Rússia da Crimeia (foto: VIKTOR DRACHEV / AFP)

A equipe de segurança nacional do presidente norte-americano, Barack Obama, se reuniu neste sábado para estudar possíveis medidas depois que o Parlamento russo abriu o caminho para uma ação militar na Ucrânia, informou um funcionário da Casa Branca.

Antes da reunião na Casa Branca, o secretário norte-americano de Defesa, Chuck Hagel, falou por telefone com seu homólogo russo, Serguei Shoigu, em uma tentativa de Washington para se manter em dia com a crescente crise na Ucrânia e a república autônoma pró-russa de Crimeia. Vários encarregados da segurança nacional, entre eles o chefe do Estado Maior Conjunto das Forças Armadas norte-americanas, Martin Dempsey, foram à Casa Branca para a pouco usual reunião deste sábado.

"A equipe de segurança nacional do presidente se reuniu hoje (sábado) para receber informações de última hora da situação na Ucrânia e discutir potenciais opções", disse um funcionário da Casa Branca. "Daremos mais informação nesta tarde", disse a fonte. Obama não se encontrava na reunião, mas recebeu um relatório de sua assessora de segurança nacional, Susan Rice, e outros funcionários.

Funcionários esclareceram que "não há mudanças" sobre a presença militar norte-americana na região. Esta reunião aconteceu um dia depois que Obama alertou que haveria custos se a Rússia violasse a integridade territorial da Ucrânia, depois da saída do presidente pró-Rússia Viktor Yanukovytch. Esta mensagem foi ignorada pelo presidente russo, Vladimir Putin, que pediu ao Parlamento de seu país autorização para enviar tropas à Ucrânia, uma medida que levou as autoridades da ex-república soviética a colocar suas tropas em estado de alerta.

Ucrânia pede reunião à Conselho de Segurança da ONU

A Ucrânia pediu uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU neste sábado para que se possa agir rapidamente e deter a agressão russa na Crimeia, e acusou Moscou de violar brutalmente a Carta da organização mundial. "Pedimos ao Conselho de Segurança agora para fazer todo o possível para deter a agressão da Federação Russa na Ucrânia. Ainda há uma chance", disse o embaixador ucraniano, Yuriy Sergeyev.

As tropas russas entraram em território ucraniano ilegalmente como um "ato de agressão contra o estado" e "o número deles vem aumentando a cada hora", acrescentou. Sergeyev pediu o envio de observadores internacionais e disse que a Rússia "violou brutalmente os princípios básicos da Carta das Nações Unidas". "Pedimos a todos os estados membros das Nações Unidas para demonstrar solidariedade com a nação ucraniana para proteger a soberania e a integridade territorial do país", acrescentou Sergeyev.


Líderes mundiais demonstram preocupação

Líderes mundiais criticaram neste sábado a decisão do parlamento russo, após Moscou ter aprovado o envio de tropas para a região ucraniana pró-Rússia da Crimeia. Na Europa, um coro de autoridades expressou preocupação com os planos militares de Moscou, destacando o quanto foram pegos de surpresa com o rápido movimento do presidente Vladimir Putin.

O secretário-geral das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon declarou que está "seriamente preocupado com a deterioração da situação" na Ucrânia e disse que planeja falar em breve com o presidente russo, Vladimir Putin. Em nota, ele reivindicou "pleno respeito e preservação da independência, soberania e integridade territorial da Ucrânia" e pediu a "restauração imediata do diálogo calmo e direto entre todos os interessados".

O primeiro-ministro do Reino Unido David Cameron disse que não pode haver desculpa para intervenção militar externa na Ucrânia. A Grã-Bretanha pediu a Rússia para acalmar a situação perigosa do país e aconselhou os cidadãos britânicos a deixar a região da Crimeia imediatamente. "O Reino Unido vê os acontecimentos na Ucrânia com crescente preocupação", disse Cameron. "Não pode haver nenhuma desculpa para intervenção militar externa na Ucrânia - uma observação que eu fiz ao presidente [Vladimir] Putin quando nos falamos ontem (28). Todos devem pensar cuidadosamente sobre as suas ações e trabalhar para reduzir, não aumentar, as tensões. O mundo está assistindo".

O presidente francês François Hollande falou por telefone, neste sábado (1°) com o primeiro-ministro polonês Donald Tusk, dizendo que estava "profundamente preocupado" com envio de tropas russas, segundo um comunicado do gabinete de Hollande. O líder francês disse a Tusk que o movimento de Moscou "representava uma ameaça real" à soberania da Ucrânia e avisou que "tudo deve ser feito para evitar uma intervenção externa e o risco de uma escalada altamente perigosa".

Adotando um tom mais firme, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu a Moscou que esclareça não só os movimentos de suas tropas na Crimeia, "mas também os objetivos e a intenção por trás deles". Seu homólogo francês, Laurent Fabius, alertou para os significativos movimentos de tropas, que alimentam divisões na Ucrânia, enquanto o chanceler sueco, Carl Bildt, disse que o objetivo imediato da Rússia é provavelmente "a criação de um fantoche pró-Rússia na Crimeia."

A chefe da diplomacia da União Europeia Catherine Ashton lamentou a decisão da Rússia e avaliou que a ação "é uma injustificada escalada de tensões". Ela pediu que a Federação Russa não envie as tropas, mas promova seus pontos de vista "por meios pacíficos".

O primeiro-ministro da Finlândia, Jyrki Katainen, por sua vez, disse que "cucas frescas agora precisam prevalecer". "Desejo que todas as partes, incluindo a Rússia, tentem acalmar as coisas."

Com informações da AFP e da Agência Estado

 


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