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Estado de Minas

O que querem os manifestantes na Venezuela e quem os apoia


postado em 17/02/2014 16:07 / atualizado em 17/02/2014 18:29

Estudantes fazem protestos nas ruas de Caracas(foto: JUAN BARRETO / AFP)
Estudantes fazem protestos nas ruas de Caracas (foto: JUAN BARRETO / AFP)

Os protestos que têm ocorrido nos últimos dias na Venezuela dividem opiniões. Inicialmente convocadas por universitários contra a insegurança e a situação econômica, as manifestações são classificadas como uma tentativa de golpe de Estado pelo governo, que acusa setores radicais da oposição e os Estados Unidos de promoverem o caos.

Estas são as principais características dos protestos:

-Quando e por que começaram as manifestações estudantis?

A primeira manifestação foi organizada no dia 4 de fevereiro em San Cristóbal (no estado de Táchira, oeste) contra a insegurança nos campi universitários, depois de uma estudante da Universidade dos Andes ter sofrido uma tentativa de estupro. O protesto se alastrou para outras cidades, incorporando críticas à situação econômica (como a inflação e o desabastecimento) e apelos à libertação de estudantes detidos.

-Em que momento os incidentes começaram?

Os primeiros incidentes graves ocorreram no dia 6 de fevereiro, quando grupos de jovens com os rostos cobertos atacaram com pedras e coquetéis molotov a sede do governo do estado de Táchira, em San Cristóbal. O movimento estudantil negou envolvimento com essa ação. No dia 12, em protestos em Caracas, confrontos entre grupos de estudantes e pessoas com distintivos oficiais deixaram três mortos e dezenas de presos. Desde então, depois dos protestos diários em Chacao, região metropolitana de Caracas, um grupo tem causado destruição nas ruas.

-Que grupos políticos apoiam as mobilizações?

As marchas ganharam apoio dos setores radicais da coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD),principalmente de Leopoldo López - líder do partido Vontade Popular - da deputada independente Maria Corina Machado e do prefeito de Caracas, Antonio Ledesma. López teve sua prisão decretada pela Justiça. Com o lema "La Salida" (A Saída), esse grupo promove uma tática de ocupar as ruas para forçar a saída do presidente Nicolas Maduro, eleito em abril de 2013 por uma pequena margem de votos.

-Existem mecanismos constitucionais para uma saída antecipada do presidente?


Na Venezuela existe o referendo revogatório, no qual os eleitores decidem se o presidente deve continuar no poder. Mas a coleta de assinaturas para convocá-lo só pode começar depois da metade do mandato, a partir de abril de 2016. Alternativas seriam a renúncia do presidente (algo que Maduro descarta) e um processo político por mau desempenho das funções públicas, que pode ser iniciado pelo Tribunal Superior de Justiça.

-Qual a posição do líder opositor e ex-candidato presidencial Henrique Capriles?


Capriles e o setor moderado da MUD se distanciaram das ações mais radicais de ocupação das ruas. Na quinta, ele afirmou que a oposição deve continuar "canalizando seu descontentamento", mas advertiu que "não há condições de pressionar a saída do governo".

-Qual a posição do governo sobre os protestos?


O presidente Nicolás Maduro considerou que as manifestações são um golpe de Estado em andamento, tramado pelo que definiu como grupos fascistas apoiados pelos Estados Unidos e pelo ex-presidente colombiano Álvaro Uribe.


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