O Canadá vai apresentar nesta sexta-feira um documento perante uma comissão da ONU para fazer valer sua soberania sobre o Polo Norte, reivindicada também pela Rússia e parcialmente pela Dinamarca.
O primeiro-ministro conservador da Dinamarca, Stephan Harper, nomeou uma comissão científica para aportar provas geológicas perante a Comissão de Limites da Plataforma Continental das Nações Unidas.
"Nosso governo está assegurando nossa soberania no Norte", afirmou nesta quarta-feira Carl Vallée, porta-voz do premier canadense.
Essa comissão foi criada pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, em 1982, e concede um prazo a cada país para que apresente seus argumentos.
No caso do Canadá, o prazo vence na sexta-feira, já que o país ratificou a Convenção em 2003. A Dinamarca tem um ano para fazer o mesmo. A Rússia recebeu objeções ao seu relatório em 2002, razão pela qual deverá voltar a apresentá-lo.
A reivindicação canadense tem "um simbolismo político" e não apresenta nenhum interesse econômico, explicou à AFP o professor Frédéric Lasserre, da Universidade Laval de Québec.
"É uma placa oceânica de 4.500 metros de profundidade", constituída de basalto, uma rocha não sedimentar e sem recursos petrolíferos, acrescentou.