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Estado de Minas

Biden pede ação de Pequim para acalmar a situação no Mar da China Oriental


postado em 05/12/2013 09:16

O vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, reiterou nesta quinta-feira, no segundo dia de visita a Pequim, a "inquietação real" provocada pela nova zona de defesa aérea instaurada pela China e pediu ao governo do país uma ação para apaziguar as tensões na região.

Biden, que se viu obrigado a atuar como mediador para acalmar a tensão durante a viagem de três dias pela Ásia, se reuniu na quarta-feira com o presidente chinês, Xi Jinping, e nesta quinta-feira com o primeiro-ministro Li Keqiang.

"O anúncio recente e repentino pela China da instauração de uma nova zona aérea de identificação tem provocado, sem dúvidas, uma inquietação real na região", declarou Biden durante um encontro com empresários.

"Eu fui muito sincero quando manifestei nossa firme posição e nossas expectativas em minhas conversas com o presidente Xi", completou Biden.

O encontro na quarta-feira entre Biden e Xi durou quatro horas, mais do que o previsto.

Segundo uma fonte da Casa Branca, a delegação americana pediu a Pequim a adoção de medidas concretas para reduzir a tensão no Mar da China Oriental.

Washington reafirmou a posição de não reconhecer a nova zona criada pelas autoridades chinesas, completou a fonte, que pediu anonimato.

"Afirmamos claramente que os Estados Unidos, assim como outros países, esperam deles a adoção de medidas para apaziguar as tensões, entre elas não recorrer a atos que possam resultar em uma crise", disse.

A China instaurou unilateralmente em 23 de novembro uma "zona aérea de identificação" (ZAI), que envolve grande parte do Mar da China Oriental, área na qual ficam as ilhas Senkaku, um arquipélago administrado pelo Japão, mas que Pequim reivindica com o nome de Diaoyu.

O anúncio provocou a revolta de vários países vizinhos da China. Japão, Coreia do Sul e Estados Unidos enviaram aviões militares à região, desafiando a determinação chinesa.

Mas, em um comunicado divulgado nesta quinta-feira pelo ministério chinês das Relações Exteriores, o país insiste que "a decisão da China está de acordo com as leis e as convenções internacionais".

Depois de ter ressaltado na terça-feira a força da aliança EUA-Japão durante uma visita a Tóquio, Joe Biden viajará nesta quinta-feira de Pequim a Seul, outro grande aliado de Washington.

O vice-presidente dos Estados Unidos também denunciou as recentes medidas de censura ou de controle anunciadas pelas autoridades chinesas sobre os meios de comunicação estrangeiros, em particular americanos.

"Estados Unidos e China têm profundas divergências sobre a maneira de tratar os jornalistas americanos", declarou.

"A inovação prospera onde as pessoas são livres para respirar, falar, questionar a ortodoxia, onde os jornais podem apresentar a verdade sem duvidar das consequências", afirmou Biden.

No início da semana, um jornalista da agência americana Bloomberg não conseguiu entrar em uma entrevista coletiva conjunta em Pequim do primeiro-ministro britânico, David Cameron, e do premier chinês. Downing Street expressou "grande preocupação" com o fato.

A agência de notícias com sede em Nova York, que tem o canal censurado na China, está no alvo das autoridades comunistas pelo interesse que demonstra na fortuna de algumas autoridades chinesas. A Bloomberg calculou a fortuna da família do presidente chinês Xi Jinping em 376 milhões de dólares.


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