As autoridades cubanas prometeram nesta terça-feira que não expropriarão os investimentos estrangeiros na zona franca do novo megaporto de Mariel, afastando o fantasma das nacionalizações ordenadas por Fidel Castro nos anos 60.
"Os investimentos estrangeiros não podem ser expropriados", afirmou o ministro do Comércio Exterior e Investimentos Estrangeiros, Rodrigo Malmierca, ao apresentar o projeto de Mariel a de empresários e diplomatas estrangeiros na Feira Internacional de Havana.
Mariel contará com uma zona franca, onde o governo espera que sejam instaladas empresas estrangeiras com maiores lucros que no restante da ilha.
Malmierca disse que o atual "ambiente de negócios" na ilha é "favorável", pois existe um marco legal "bem definido", uma infraestrutura muito completa, assim como garantias aos investidores pelo governo de Raúl Castro.
Mariel, a 50 km a oeste de Havana, é ampliado e modernizado para ser transformado em um megaporto de águas profundas capaz de receber grandes barcos porta-contentores, no maior projeto de infraestrutura do governo de Raúl Castro.
As obras serão desenvolvidas com colaboração técnica e financeira do Brasil e serão inauguradas dia 28 de janeiro pelos presidentes Raúl Castro e Dilma Rousseff.