A Venezuela colocou em liberdade um barco de exploração petroleira e seus 36 tripulantes detidos na sexta-feira após uma suposta violação da zona econômica venezuelana, indicou nesta terça-feira o proprietário malaio do navio.
A SapuraKencara Petroleum expressou em um comunicado seu "agradecimento ao governo da Venezuela por velar pela segurança e pelo bem-estar da tripulação, que inclui várias nacionalidades, durante o tempo em que estiveram na Ilha Margarita, e também por liberar o navio".
O Departamento de Estado americano indicou no domingo que cinco cidadãos do país formam parte da tripulação do barco.
O barco, o Teknik Perdana, "estava realizando um trabalho de prospecção para a Anadarko Petroleum USA" encomendado pelo governo da Guiana quando foi abordado pela marinha da Venezuela e conduzido à Ilha Margarita, segundo o comunicado do SapuraKencara.
A empresa malaia declarou em seu comunicado que foi informada que as águas onde ocorreu o incidente "são alvos de disputa entre os governos de Guiana e Venezuela".
A Guiana denunciou na sexta-feira que a marinha venezuelana perseguiu e deteve o Teknik Perdana, que buscava petróleo em uma concessão "offshore", concedida pelo pequeno país à petroleira Anadarko, com sede nos Estados Unidos.
Depois de confirmar a captura, a Venezuela exigiu de seu vizinho um esclarecimento do incidente, embora Georgetown afirme que o barco esteve em todo momento em águas da Guiana, no bloco Roraima, em frente à região do Esequibo.