O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta segunda-feira que a organização "aprendeu com suas baixas" ao lembrar as vítimas do atentado contra a missão das Nações Unidas em Bagdá em 2003, embora tenha advertido para o risco de novos ataques "mais sofisticados".
Ban liderou em Nova York um dia de cerimônias em homenagem aos 22 mortos e 200 feridos e sobreviventes do "pior ataque terrorista já sofrido pelas Nações Unidas", indicou.
Há dez anos, em 19 de agosto de 2003, um terrorista suicida detonou um caminhão carregado de explosivos perto do Hotel Canal, na capital iraquiana, que abrigava os escritórios da ONU, matando seu enviado especial, o brasileiro Sergio Vieira de Mello, e outras 21 pessoas.
"Hoje, mesmo se nos esforçarmos para melhorar nossa preparação e resposta, os terroristas que nos atacam se tornam mais sofisticados, mais descarados e mais bem armados", disse nesta segunda-feira Ban na presença de sobreviventes, familiares dos falecidos e representantes diplomáticos dos países-membros da ONU.
"Aprendemos com nossas baixas. Estamos mudando o modo no qual operamos ao redor do mundo", disse, destacando a ênfase que a organização coloca em segurança, treinamento e resposta médica.
O secretário-geral classificou Sergio Vieira de Mello de "incomparável" e disse que a data de 19 de agosto de 2003 "está gravada na memória coletiva da família da ONU".
Durante a cerimônia foram lidos os nomes dos 22 mortos, foi divulgado um vídeo com imagens das vítimas e sobreviventes lembraram sua experiência naquela data.
O dia de homenagem começou pela manhã quando Ban depositou flores ao pé de painéis com uma mensagem lembrando as vítimas.
Depois, a presidência argentina do Conselho de Segurança da ONU organizou um debate sobre a proteção de civis em zonas de conflitos armados.
Nesta segunda-feira, a ONU lembrou não apenas as vítimas do ataque de 2003, mas também seus funcionários mortos em missão no último ano.