O hospital onde o menino nasceu, o St. Mary’s, tornou-se ponto turístico para fãs britânicos e estrangeiros que acompanharam a chegada do bebê mais famoso do momento. A enxurrada de suvenires que tomaram as lojas com pratos, canecas e camisas relacionadas ao bebê real, entre outros produtos, ressalta que a monarquia britânica voltou a despertar o interesse público ao redor do mundo, e não por motivos relacionados aos escândalos e tragédias protagonizados por ela nos últimos anos – o maior deles, a morte da princesa Diana, em 1997.
Com o bebê, Kate e William entram definitivamente na mira da mídia britânica e dos olhares curiosos em todo o planeta. Durante a gravidez de Kate, ela e William tentaram ao máximo ficar longe dos flashes. Mantiveram-se reservados, econômicos nos detalhes sobre o nascimento, apesar do frenesi.
A poucos dias do nascimento, Kate inclusive ficou na casa dos pais, em Bucklebury, a 85 quilômetros de Londres. Analistas estimam que Kate e William tentarão conservar esse comportamento ainda mais agora que são pais. Mas será muito difícil manter a privacidade.
Logo após o nascimento, a rainha e o marido duque Philip, o príncipe Charles e a princesa Camilla, além de toda a família de Kate Middleton, foram informados oficialmente pela casa real. Segundo o gabinete da família, a rainha disse estar "encantada" com a notícia. O nascimento aconteceu quase 11 horas depois de Kate ter dado entrada no hospital em "estágio inicial" do trabalho de parto. O casal chegou de carro à ala Lindo Wing do St. Mary Hospital por volta das 6h de hoje (2h em Brasília) de modo discreto: sem batedores e praticamente passou despercebido pela imprensa.
A divulgação do nascimento ocorreu do modo tradicional: após o nascimento e o anúncio às famílias, o aviso foi levado de carro até o Palácio de Buckingham, residência oficial da rainha. Lá, a folha de papel foi colocada em um quadro e afixada em um cavalete nos jardins do palácio. É assim que a tradição britânica manda a família real anunciar nascimentos e falecimentos.
Como o novo herdeiro é um menino, a nova regra de transmissão de poder assinada pela rainha não foi usada. No início do ano, a lei foi alterada para permitir que, caso Kate desse à luz uma menina, o bebê receberia o título de princesa. Ou seja, já estava determinado que o filho ou filha seria o terceiro na linha de sucessão da rainha. Pela regra antiga, a filha mais velha só receberia o título de rainha caso não tivesse irmãos.
Logo após o anúncio de que Kate entrou no hospital, centenas de pessoas foram ao Palácio de Buckingham e à rua do Lindo Wing para esperar por notícias. No dia mais quente em sete anos no Reino Unido – a temperatura atingiu 33,5 graus –, a maioria dos que aguardavam eram fãs da família real. Alguns estavam acampados há mais de 10 dias na rua do hospital. Turistas também esperavam o anúncio. Entre os que fizeram plantão, muitos eram de países que têm ligações históricas com os ingleses, como australianos, canadenses e neozelandeses.
Quando souberam do nascimento do menino, centenas de pessoas foram à praça em frente à residência da rainha para comemorar. A London Eye, roda gigante às margens do rio Tâmisa, passou a exibir as cores da bandeira britânica e na BT Tower, uma das mais altas construções de Londres, o grande painel eletrônico dos últimos andares passou a exibir: "É menino".
O parto foi feito por uma equipe médica liderada pelo ex-ginecologista da rainha, Marcus Setchell. Perto de completar 70 anos, o médico se preparava para a aposentadoria e teria sido contatado no fim do ano passado pelo casal Kate e William com o pedido para ser o responsável pelo parto. Por isso, adiou o descanso por alguns meses.