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Estado de Minas

Caçada cinematográfica para prisão dos supeitos de atentado nos Estados Unidos

Perseguição, tiroteio, mortos e feridos foram o saldo da ação policial para tentar capturar os dois suspeitos de realizar o atentado. Um deles morreu e o outro fugiu


postado em 20/04/2013 06:00 / atualizado em 20/04/2013 07:58


Boston (Estados Unidos) – Em uma ação que mobilizou milhares de policiais e paralisou a cidade de Boston, a polícia americana passou o dia realizando buscas porta a porta à procura de Dzhokhar Tsarnaev, suspeito de ter participado do atentado contra a Maratona de Boston, na segunda-feira. Dzhokhar, de 19 anos, e seu irmão, Tamerlan, são suspeitos de serem os autores do atentado que matou três pessoas e deixou mais de 170 feridos. Na confusa operação de ontem, com direito a perseguição, mais de 200 disparos de armas de fogo, bombas e uma caçada em diversas partes da cidade, os dois suspeitos, de origem da República russa da Chechênia, são acusados também de matar Sean A.  Collie, de 26 anos, policial do câmpus do Massachusetts Institute Technology (MIT), na noite de quinta-feira e depois sequestrar um homem em seu carro.

Até o fechamento desta edição, os agentes não haviam encontrado o segundo suspeito, que está foragido. O porta-voz da polícia de Massachusetts, Tim Alben, acredita que Dzhokhar está no estado. Mesmo com o suspeito à solta, o governador local, Deval Patrick, suspendeu o toque de recolher e ordenou a retomada do transporte público, após 10 horas de suspensão. Ainda que tenha aprovado a retomada, ele pediu à população para manter o alerta para atitudes e objetos suspeitos e orientou os moradores a evitar contato com estranhos. A polícia continua a fazer as buscas na região de Watertown, que teve 20 quadras cercadas.

Segundo a polícia, os agentes revistaram a maioria das casas com a ajuda de policiais de Boston e equipes do FBI, da Swat e cães farejadores, mas nada foi encontrado. Ele ainda desmentiu que tenham sido encontrados explosivos em uma das casas, conforme informação divulgada mais cedo pela imprensa americana. "Ainda há muito para fazer. Infelizmente, nós não tivemos pessoas suficientes para encontrar os suspeitos", disse o porta-voz.

A caçada aos suspeitos começou na noite de anteontem, após dois crimes que aconteceram em um intervalo de menos de uma hora. Por volta das 22h30 (23h30 em Brasília), o segurança Sean Collier foi morto no câmpus. Em seguida, a polícia recebeu a informação de que uma caminhonete havia sido roubada na mesma região. A rede de televisão NBC informou que conversou com o motorista e ele disse que passou por um sequestro relâmpago e liberado em um posto de gasolina. A vítima disse que os dois criminosos que o abordaram eram os responsáveis pelo atentado na maratona.

Minutos depois, a polícia localizou o carro roubado e começou uma troca de tiros com os suspeitos. Os agentes afirmam que durante o tiroteio foram jogados "elementos explosivos" contra a polícia. Testemunhas dizem que os artefatos pareciam granadas, embora outras afirmem que viram bombas feitas com panelas de pressão. Durante a troca de tiros, o agente de trânsito Richard Donohue, de 33 anos, que fazia a segurança de uma estação de metrô, foi baleado e ficou gravemente ferido. Ele foi internado em estado grave com ferimentos numa perna.

Até ontem, ainda não estava claro como Tamerlan havia sido morto durante a perseguição. Agentes da polícia dizem que ele portava cintos de explosivos, mas os médicos disseram que ele também tinha marcas de bala no corpo. Não se sabe se ele morreu em tiroteio ou após a explosão das bombas. Após a ação, o segundo suspeito, Dzhokhar, furou o bloqueio da polícia e fugiu. Não havia informações precisas sobre de que forma ele fugiu, como ele saiu do local e sua trajetória.

O presidente Barack Obama acompanhou da Casa Branca a situação e se reuniu com a cúpula militar. Ele ligou para o governador de Massachusetts, Deval Patrick, e para o prefeito de Boston, Thomas Menino, para lamentar a morte do policial morto durante a madrugada. "O presidente disse que o país todo está apoiando pessoas de Boston e de Massachusetts e que toda a força do governo federal estará disponível até que os responsáveis cheguem à Justiça", disse uma autoridade da Casa Branca.


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