A tensão na Venezuela, em decorrência das eleições presidenciais ocorridas no domingo (14), é o tema principal de uma reunião de urgência convocada para esta quinta-feira pelos líderes da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), em Lima, no Peru. A presidente Dilma Rousseff confirmou presença. Depois, ela segue para Caracas, capital venezuelana, para a cerimônia de posse do presidente eleito Nicolás Maduro. No total, oito pessoas morreram e 70 ficaram feridas nos confrontos depois do pleito.
O presidente da Comissão de Relações Exteriores do Congresso peruano, Víctor Andrés García Belaunde, disse que o desafio da reunião é “convencer” as partes em conflito na Venezuela a buscar um “diálogo franco e sincero para salvar a democracia e assegurar a governabilidade”.
O parlamentar se refere a Maduro e ao grupo de oposição, liderado por Henrique Capriles, derrotado nas eleições, pois nos últimos dias os incidentes envolvendo aliados de ambos os lados se agravaram gerando momentos de tensão e violência na Venezuela.
O ministro das Relações Exteriores do Peru, Rafael Roncagliolo, disse que as discussões de hoje terão uma “agenda aberta” sobre a situação na Venezuela. O chanceler lembrou que os países da América do Sul e o México reconheceram os resultados das eleições na Venezuela.
“Parece-nos importante analisar juntos a situação, assim teremos avaliados também situações passadas e montamos uma agenda aberta para ter oportunidade de ter um diálogo conjunto”, ressaltou. “Evidentemente há uma situação difícil e nós queremos ajudar no que for possível”, disse o chanceler.
