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Estado de Minas

Terror volta a atingir EUA onze anos após ataques a torres gêmeas


postado em 17/04/2013 00:55

Os Estados Unidos despertaram nesta terça-feira com imagens terríveis e inquietantes de terrorismo em seu território, um dia após os atentados em Boston, algo que não ocorria desde os ataques do 11 de Setembro contra Nova York e Washington.

As imagens que mostram as duas explosões - que deixaram três mortos e mais de 180 feridos - no trecho final da maratona de Boston ocupavam as manchetes da mídia americana, trazendo de volta o espectro do terrorismo onze anos após os atentados de setembro de 2001.

Mesmo em uma escala infinitamente inferior aos ataques com aviões de passageiros realizados pela Al-Qaeda em Nova York e Washington, que mataram quase 3 mil pessoas, o atentado de Boston desmente a ideia de que o solo americano está imune ao terrorismo.

"Com o 11 de setembro perdemos para sempre a ilusão de que ataques como o de Boston ontem ocorrem apenas nos campos de batalha em países distantes", disse o chefe da minoria republicana no Senado, Mitch McConnell. Mas nos últimos anos havia uma certa ilusão de imunidade graças "aos esforços vigilantes dos nossos militares, dos profissionais de inteligência e das forças da ordem".

"É a primeira vez que há mortos no território americano por causa do terrorismo desde o 11 de Setembro", destacou o senador democrata Chuck Schumer. "Isto nos lembra que não devemos baixar a guarda".

"Este foi um ato atroz e covarde", disse o presidente Barack Obama. "Cada vez que usam bombas contra civis inocentes trata-se de um ato de terrorismo".

Enquanto na última década centenas de americanos morreram nos campos de batalha no exterior, os Estados Unidos têm estado relativamente livres de atos de terrorismo em seu território.

Líderes políticos admitem que houve um certo grau de sorte no país desde 2001, apesar de incidentes como o do psiquiatra do Exército que matou 13 pessoas a tiros em Fort Hood em 2009.

É impossível deter totalmente os ataques e também se exige um pouco de sorte, como ocorreu em 2010 na cidade de Nova York, quando um carro com explosivos foi descoberto e desativado.

Obama usou seu sucesso contra o terrorismo para vencer as eleições de 2012, a exemplo da morte de Osama bin Laden e a ofensiva contra a rede Al-Qaeda, mas se o ataque em Boston tiver origem estrangeira, certamente haverá reflexos negativos sobre a atual administração.

O presidente, que viaja a Boston na quinta-feira para uma cerimônia em homenagem às vítimas, aprendeu nos últimos anos que deve aparecer e enfrentar de frente as crises.

Obama foi muito criticado no Natal de 2009 por ter ficado ausente, durante três dias, após a tentativa de atentado contra um avião de carreira americano.

"Evidentemente, é preciso refletir sobre a ideia de que isto pode ser obra de 'jihadistas'", disse o legislador de Nova York Peter King, especialista em segurança interna. "Mas também pode ser algo da supremacia branca, de opositores ao governo".

"Quando se produz um atentado como este é difícil não pensar no envolvimento de extremistas islâmicos, mas não há provas", destacou a senadora republicana do Maine Susan Collins.

"É muito, muito difícil deter algo como isto em uma sociedade livre e aberta", concluiu o republicano Michael McCaul, chefe da comissão de Segurança Interna.


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