O militar argentino Mario Benjamín Menéndez, que governou as Ilhas Malvinas (Falkland) durante a guerra entre a Argentina e o Reino Unido pelo controle do arquipélago, em 1982, foi detido sob a acusação de ter violado os direitos humanos nos anos 1970.
O ex-general de 82 anos foi preso na quarta-feira por sua suposta responsabilidade nos crimes ocorridos na cidade de Famaillá, na província de Tucumã, em 1975. O município abrigou o primeiro centro clandestino de detenção, conhecido como "La Escuelita", comandado justamente por Menéndez, segundo o Ministério Público da Argentina. Ele foi encontrado em sua casa, em Buenos Aires, e será levado à Penitenciária Federal de Tucumã que fica a 1300 quilômetros da capital argentina.
Junto com o ex-general, foram detidos em distintos pontos do país quase vinte acusados, alguns dos quais começaram a prestar esclarecimentos durante o processo judicial "Operação Independência". A ação investiga a morte de dissidentes de esquerda em Tucumã, em 1975, ano anterior ao golpe militar de 1976. A repressão foi praticada com o consentimento do governo civil do distrito.