Um tribunal da periferia de Pretoria libertou nesta segunda-feira 47 dos 270 mineiros em greve presos em 16 de agosto por causa do tiroteio em Marikana, depois que a promotoria decidiu, no domingo, suspender o indiciamento pela morte de seus companheiros. O juiz Esau Bodigelo anunciou que as acusações foram retiradas e que, por isso, os 47 mineiros serão libertados.
Com essa decisão, os mineiros que haviam sido acusados ficarão em liberdade condicional.
Os mineiros, que foram indiciados na quinta-feira, integravam o movimento grevista. Os trabalhadores, armados com facões e pedaços de pau, foram alvos dos disparos da polícia em 16 de agosto.
Muitos juristas consideram que o juiz citou na quinta-feira uma lei antidistúrbios de 1956, muito utilizada durante o Apartheid, que prevê o indiciamento por assassinato de todas as pessoas detidas no local de um tiroteio que envolva a polícia, independentemente de as vítimas serem agentes ou não.