Centrais sindicais da Itália convocaram para esta segunda-feira uma paralisação geral de três horas. A greve marca o começo de uma semana de protestos em todo país. Sem acordo entre sindicatos e governo, as centrais convocaram o protesto geral contra as medidas de austeridade adotadas pelas autoridades italianas para tentar vencer os impactos da crise econômica internacional.
O plano de austeridade deve ser aprovado pelo Parlamento até o Natal. O plano é formado por um grupo de medidas que incluem redução do déficit em aproximadamente 20 bilhões de euros e ações de estímulo para a economia, no valor de 10 bilhões, além dos cortes. Especialistas dizem que, se as reivindicações forem atendidas, o Estado perderá cerca de 5 bilhões de euros. Pela proposta do governo, o funcionalismo público vai sofrer cortes e as tarifas serão reajustadas. Mas as centrais sindicais avaliam que a proposta não é equilibrada e defendem que os ricos paguem mais impostos pelas propriedades e pelos bens de luxo. O primeiro-ministro da Itália, Mario Monti, disse que aos dirigentes sindicais que a situação é de emergência e que é necessário o sacrifício de todos. Apesar do descontentamento dos italianos com o plano de austeridade, o governo pede que a população compre títulos do Estado na tentativa de aliviar a dívida pública. Ainda nesta segunda-feira, está prevista uma nova emissão de títulos italianos no valor de 7 bilhões de euros. Para estimular a população a comprar a dívida para ajudar o país, os bancos repetem a iniciativa do %u201Cdia dos títulos do Tesouro%u201D, do dia 28 de novembro. Eles não vão cobrar comissões durante a próxima emissão.