As autoridades sírias acusaram os Estados Unidos de estar envolvidos nos "sangrentos acontecimentos" na Síria e pediram a ajuda da Liga Árabe, em uma carta dirigida à organização pan-árabe, segundo um comunicado da entidade publicado nesta segunda-feira.
Nesta carta, o ministro sírio das Relações Exteriores, Walid Mualem, acusa Washington de "estar envolvido atualmente nos sangrentos acontecimentos da Síria" e pede à Liga Árabe que "condene este envolvimento e que faça o necessário para pôr fim a isso". A Síria, que havia aceitado "sem reservas" na quarta-feira um plano árabe para tirar o país da crise, também pede a ajuda da Liga Árabe "para criar a atmosfera apropriada para aplicar o acordo", segundo o comunicado. O plano árabe para uma saída da crise prevê o fim total da violência, a libertação das pessoas detidas no âmbito da repressão, a retirada do exército das cidades e a livre circulação dos observadores e jornalistas, antes do início de um diálogo entre o regime e a oposição. Mas desde que Damasco o aceitou, as forças do regime continuaram com as operações, que deixaram mais de 70 mortos, em sua maioria em Homs (centro). Diante da escalada da repressão, a Liga Árabe acusou o poder sírio de não ter cumprido com seus compromissos e anunciou uma reunião "de emergência" que será realizada no dia 12 de novembro no Cairo.
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Damasco acusa Washington de estar envolvido nos distúrbios na Síria
Oposição síria pediu "proteção internacional" dos civis e se referiu a "massacres bárbaros" em Homs
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