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Estado de Minas

Kirchner sofre derrota eleitoral na província de Córdoba

Argentinos se preparam para as primárias


postado em 08/08/2011 18:00 / atualizado em 08/08/2011 18:08

Depois de sofrer três derrotas eleitorais em um mês, o governo argentino se prepara para o teste político mais importante até as eleições presidenciais: as primárias amplas, simultâneas e obrigatórias de 14 de agosto. No próximo domingo, pela primeira vez na história, 28 milhões de argentinos vão às urnas para escolher que candidatos disputarão as eleições presidenciais de 23 de outubro.

Ontem (7), os eleitores da província de Córdoba – o segundo maior distrito eleitoral depois da província de Buenos Aires – elegeram Juan Manuel de La Sota governador. O governo da presidenta Cristina Kirchner não tinha candidato próprio, nem tem o apoio dele garantido para as primárias. Em Santa Fé e na cidade de Buenos Aires, que representam, cada uma, 9% do eleitorado argentino, os candidatos da oposição derrotaram os governistas. Agora, todos estão de olho nas primárias.

Dez coalizões e frentes partidárias têm candidatos a presidente e vice. Só que cada uma delas apresentou uma única dupla, escolhida a dedo. Sem disputa interna nos partidos, as primárias perderam o sentido. Mas como foram mantidas e o voto é obrigatório, as primárias estão sendo consideradas uma espécie de pré-eleição. Estima-se que os eleitores votarão, já nas primárias, no partido que querem ver no poder.

“Como as candidaturas partidárias já estão definidas e todas as pesquisas de opinião indicam que a presidenta Cristina Kirchner é a favorita para as eleições presidenciais de outubro, o que todos querem saber é quantos votos ela obterá nas primárias e qual a diferença de votos com o segundo colocado”, explicou à Agência Brasil o analista político Roberto Bacman.

Para ser eleito presidente da Argentina, no primeiro turno, é preciso obter 45% dos votos. Pode-se também ser eleito com, no mínimo, 40% dos votos, desde que haja uma diferença de dez pontos percentuais com o segundo colocado. A oposição, que está dividida, só tem chances de ganhar se houver um segundo turno.

Desde a volta à democracia, em 1983, a Casa Rosada foi ocupada por presidentes do Partido Justicialista ou Peronista (PJ) e da União Cívica Radical (UCR). Desta vez, nenhum dos partidos históricos terá candidato próprio.

Nas primárias, os peronistas terão três candidatos, cada qual com sua própria legenda. A favorita nas pesquisas de opinião é Cristina, que tentará a reeleição com a Frente para a Vitoria (FpV). O ex-presidente Eduardo Duhalde – que fez Nestor Kirchner seu sucessor, mas transformou-se em opositor ao seu governo e ao de sua viúva, Cristina Kirchner – também tentará voltar à Casa Rosada, pela Unión Popular. O terceiro candidato peronista é Alberto Rodriguez Saa, governador da província de San Luis e irmão de Adolfo Rodriguez Saa – que foi presidente por uma semana em meio à crise de 2001.

Filho do ex-presidente Raul Alfonsín (UCR), Ricardo Alfonsín fez uma aliança com o ex-peronista Francisco de Narvaez e lançou sua candidatura presidencial pela União pelo Desenvolvimento Social. A deputada Elisa Carrio (que já foi da UCR) tentará, pela terceira vez, disputar a presidência pela Coalizão Cívica. Outras cinco agrupações políticas menores também têm seus candidatos, mas, desses, apenas um tem condições de chegar às eleições presidenciais: Hermes Binner, do Partido Socialista. Os outros quatro candidatos precisam obter 1,5% dos votos nas primárias para disputar o pleito de 23 de outubro.

Nas primárias, também serão definidos os candidatos a 130 vagas na Câmara de Deputados e a 24 vagas no Senado. Quatro províncias – entre elas Buenos Aires, que representa 40% do eleitorado nacional – também elegerão seus candidatos a governador.


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