A Controladoria Geral de Cuba anunciou nesta segunda-feira os resultados da auditoria das empresas e entidades do Estado feita em abril deste ano e indicou que 37% das entidades apresentam "deficiências" em seu controle econômico e em questão de finanças, enquanto 63% estão em condições satisfatórias.
De acordo com a imprensa local, a auditoria foi feita entre abril e maio deste ano em 742 empresas de todos os setores econômicos, produtivos e de serviços. Envolveram-se na avaliação financeira das estatais quase quatro mil profissionais, técnicos e estudantes.
A Controladoria, criada sob o governo de Raúl Castro, tem como função melhorar os sistemas de controle econômico do país e combater com mais eficiência a corrupção.
O setor estatal cubano administra 90% da economia nacional. A recente auditoria tinha como objetivo supervisionar a eficiência das empresas e fazer recomendações para seu aperfeiçoamento "contínuo".
Desde que Raúl assumiu a presidência de Cuba no lugar de seu irmão, Fidel, o governo da ilha iniciou uma série de reformas econômicas com vistas a aumentar o peso da iniciativa privada por meio de concessão de licenças para o trabalho privado e da concessão de espaços públicos para investidores privados.
A política foi ratificada no VI Congresso do Partido Comunista de Cuba (PCC), ocorrido em abril, o primeiro desde 1997. Segundo o atual mandatário, as atuais reformas têm como objetivo "atualizar" o socialismo cubano.