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Estado de Minas

Argelino detido em Guantánamo processa George W. Bush


postado em 23/05/2011 17:38

Após anos em Guantánamo, Lahmar agora quer processar George W. Bush(foto: AFP PHOTO / PATRICK BERNARD )
Após anos em Guantánamo, Lahmar agora quer processar George W. Bush (foto: AFP PHOTO / PATRICK BERNARD )
Um argelino de 42 anos que esteve passou oito preso na base militar americana de Guantánamo antes de ser libertado em 2009 e mudar-se para a França, abrirá um processo judicial contra as autoridades dos Estados Unidos e o ex-presidente George W. Bush (2001-2009). Saber Lahmar, nascido em Constantina, foi detido no dia 18 de outubro de 2001 em Sarajevo onde vivia com a esposa bósnia e o filho de dois anos. Lahmar ensinava árabe em um centro cultural islâmico financiado pela Arábia Saudita. Depois de ficar três meses em prisão preventiva foi levado a bordo de um "veículo americano" até Guantánamo sem nenhuma explicação, afirmou nesta segunda-feira à AFP. Em Guantánamo ele foi tratado "como um animal por oito anos", trancado em uma cela de metal de 2 metros por 1,5 metro, sofrendo com "torturas estudadas segundo programas mantidos pelas autoridades políticas americanas", como por exemplo, permanecer sentado 18 horas em um banco baixo sem apoio, ficar sem dormir, receber descargas elétricas ou sofrer o chamado submarino. Saber Lahmar afirmou que "gostaria de ter algo para confessar, mas não tinha nada" e gostaria de entender o que eles queriam, mas nenhum deles parecia saber. "Quero que os americanos apliquem a si mesmos o respeito aos direitos que exigem dos outros", acrescentou. No dia 20 de novembro de 2008, o juiz do distrito de Columbia, Richard J. Leon, o libertou junto de outros quatro presos por entender que não havia provas para confirmar que "queriam ir ao Afeganistão para lutar contra as forças americanas e seus aliados", único e hipotético motivo de sua prisão. No entanto, Saber Lahmar permaneceu em Guantánamo. Depois de um acordo franco-americano, Lahmar chegou a Bordeux, onde vive sem ter encontrado trabalho. Seu advogado francês, Pierre Blazy, disse que "o dano é enorme e incontestável" pelo que este homem que "perdeu tudo" passou durante oito anos.


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