Os rebeldes líbios anunciaram nesta sexta-feira um plano político que deve ser adotado no caso de o líder do país, coronel Muammar Kadafi, deixar o poder.
O plano inclui a instalação de um governo interino enquanto uma nova constituição é escrita e ocorram novas eleições. Mahmoud Jibril, integrante do Conselho Nacional de Transição (CNT), explicou que o governo interino seria composto por integrantes do CNT, tecnocratas do regime de Kadafi, militares, integrantes do serviço secreto e um juiz da suprema corte.
A nova constituição precisaria ser aprovada por um referendo. Meses depois, ocorreriam eleições parlamentares e presidenciais.
Finanças
Jibril disse que, no curto prazo, o CNT iria pedir a supervisão da ONU para a realização de eleições municipais em áreas controladas por rebeldes.
O chanceler italiano, Franco Frattini, disse que o Grupo de Contato da Líbia, formado por países integrantes da Otan, países árabes e organizações internacionais, prometeu US$ 250 milhões para assistência imediata.
Na quinta-feira, os Estados Unidos disseram estar tentando liberar mais de US$ 30 bilhões pertencentes a Khadafi para a população líbia.
Mas o governo líbio reagiu ao anúncio dizendo que os planos equivaliam a “pirataria”. Também nesta sexta-feira, a França ordenou a saída do país de 14 diplomatas leais a Kadafi em 48 horas, afirmando que eles não são mais bem-vindos no país.
Os rebeldes líbios, que controlam boa parte do leste do país, continuam em confronto com as forças leais a Khadafi. O maior foco de confrontos tem sido a cidade de Misrata, no oeste.