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Estado de Minas

Casamento real coloca polícia britânica à prova


postado em 18/04/2011 18:41

O casamento do príncipe William com Kate Middleton é um quebra-cabeças para a Scotland Yard, que deve lidar ao mesmo tempo com uma ameaça terrorista elevada e o temor de uma repetição da violência registrada no centro da capital no fim de março.

Como explica o cronista real Rob Jobson, que conhece bem os segredos da proteção da família, dos quais trata em um livro escrito com o ex-guarda-costas da princesa Diana, o 29 de abril será "um enorme acontecimento em termos de segurança". E as autoridades, que se preparam há meses, preveem um dispositivo impressionante.

"O S014, a seção (policial) formada para a proteção da família real, se encarregará da segurança pessoal" do jovem casal, com "quatro guarda-costas que cuidarão de Kate, e outros quatro que zelarão por William", explica.

Além disso, "haverá agentes à paisana misturados com a multidão, e atiradores de elite nos telhados" ao longo do percurso da comitiva real. Um imenso perímetro que abarcará os locais da cerimônia ficará fechado para a circulação desde o amanhecer.

Mas a tarefa das forças de ordem será complicada devido a uma confluência pouco habitual de ameaças.

Vários grupos, desde a Al-Qaeda até os republicanos da Irlanda do Norte, poderão querer aproveitar esse acontecimento que reunirá diversas personalidades britânicas e estrangeiras, e uma multidão de curiosos e turistas colocados ao longo de uma rota de vários quilômetros.

"Altamente provável"

O nível de alerta terrorista situa-se atualmente em "grave" no Reino Unido (o segundo mais alto de uma escala de cinco níveis), o que significa que um atentado é "altamente provável".

Mas as autoridades temem também que os grupos de jovens violentos que atacaram as vitrines de lojas e bancos durante uma importante manifestação sindical em 26 de março tentem estragar a festa.

Centenas de pessoas opostas ao plano de austeridade do governo, muitas delas vinculadas a movimentos anarquistas, atacaram nesse dia locais emblemáticos dos bairros mais turísticos da capital, como o hotel Ritz e o célebre supermercado Fortnum & Mason.

Esses atos de violência provocaram uma grande polêmica no país.

A polícia já tinha sido criticada no fim do ano passado depois dos graves incidentes durante as manifestações de estudantes. A sede do partido conservador foi saqueada, e os manifestantes atacaram um Rolls Royce no qual viajavam o príncipe Charles e sua mulher, Camila.

O comandante Bob Broadhurst, encarregado da manutenção da ordem na capital, assegurou que a polícia não duvidaria em exercer amplamente os poderes que geralmente resiste em utilizar, como os controles de identidade ou os registros pessoais.

Que código, que nada

Em outro sinal do nervosismo das autoridades, o governo acaba de dispensar as forças especiais do SAS de respeitar o código de circulação, alegando que devem reagir rapidamente no caso de atentado.

"A polícia está disposta a utilizar todos os meios razoáveis para garantir que o casamento seja um êxito total, e que estes comportamentos deploráveis não se reproduzam", disse o prefeito de Londres, Boris Johnson, irritado pelos incidentes de 26 de março.

O casamento, no entanto, é apenas um aperitivo dos desafios que as forças de ordem enfrentarão no ano que vem: além dos Jogos Olímpicos de Londres, cujo orçamento de segurança ronda os 1 bilhão de euros (R$ 2,26 bilhões), serão colocados à prova para o Jubileu de Diamantes, quatro dias de celebrações nacionais por conta dos 60º aniversário da subida de Elizabeth II ao trono.


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