
Não havia mais detalhes sobre o tiroteio. As chamadas telefônicas para Daraa não eram completadas e o governo sírio colocou várias restrições severas à cobertura da imprensa no país. Daraa se tornou um epicentro da violência, que é atribuída pelo governo a gangues armadas e não a manifestantes defensores de reformas.
Ainda assim, a pressão por reforma tem abalado o presidente Bashar Assad, cuja família governa a Síria há mais de 40 anos. Na medida em que a onda de protestos ganhou relevância, Assad fez algumas concessões, como a de demitir autoridades locais e formar comitês para estudar o fim do estado de emergência, estabelecido em 1963.
Mas esses gestos fracassaram na tentativa de conter o crescente movimento, que está aumentando suas exigências por reformas concretas e eleições livres. Na sexta-feira, testemunhas afirmaram que forças de segurança abriram fogo contra centenas de manifestantes em Daraa, matando 25 pessoas e ferindo centenas. O governo divulgou uma versão diferente, afirmando que 19 policiais e membros das forças de segurança, assim como civis, foram mortos quando um homem abriu fogo contra eles.
