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Estado de Minas

Israel indicia engenheiro palestino capturado na Ucrânia


postado em 04/04/2011 16:33

(foto: REUTERS/Tsafrir Abayov/Pool )
(foto: REUTERS/Tsafrir Abayov/Pool )
O engenheiro palestino Dirar Abu Sisi, que foi sequestrado na Ucrânia, foi indiciado num tribunal israelense nesta segunda-feira. Israel afirma que Sisi é integrante do Hamas e mentor do programa de foguetes do grupo islamita.

Segundo um resumo oficial da acusação, que foi aberta por promotores do tribunal distrital de Bersheva, Abu Sisi foi indiciado por pertencer a um grupo militante e por centenas de tentativas de assassinato, além da fabricação de foguetes.

"Pesam sobre Abu Sisi nove acusações relacionadas à atividade numa organização terrorista, centenas de acusações de tentativa de assassinado, conspiração para assassinato e produção de armas", diz o documento.

O resumo diz que ele ajudou a desenvolver foguetes fabricados localmente e usados pelos militantes do Hamas e que foi responsável por "aumentar o alcance e a capacidade (dos foguetes) de perfurar aço, de maneira que o armamento penetre em veículos blindados das forças de defesa israelenses e, assim, atinja os soldados".

O documento também afirma que Abu Sisi coordena a academia militar do Hamas, aberta após a operação Chumbo Fundido, o ataque israelense contra a Faixa de Gaza que durou 22 dias e teve início em dezembro de 2009, numa tentativa de interromper o disparo de foguetes a partir de Gaza.

A defesa

Sua advogada israelense, Smadar Ben-Natan, disse aos jornalistas que seu cliente confessou "certas coisas" que ela não pôde descrever por causa de restrições impostas pelo tribunal. Ela afirmou que suas confissões foram feitas "sob forte coação, que eu caracterizaria como tortura".

O Hamas negou novamente que Abu Sisi tenha qualquer conexão com a organização e disse que Israel é que está cometendo um crime. "Nós enfatizamos que Abu Sisi não tem relações com o Hamas, todas as acusações contra ele são falsas", disse o porta-voz do grupo, Fawzi Barhum, em comunicado. "Sequestrar Abu Sisi em conluio com as autoridades ucranianas é um crime sério, a ocupação, a tortura e o indiciamento contra ele são novos crimes além de terrorismo de Estado", disse Barhum.

Sequestrado por Israel

Abu Sisi desapareceu no mês passado quando viajava num trem na Ucrânia. Mais tarde, Israel anunciou que mantinha preso o engenheiro de 42 anos, que é diretor técnico da única usina de energia de Gaza, na prisão de Shikma, localizada na cidade portuária de Ashkelon. Uma ordem da censura militar israelense proíbe a publicação de mais detalhes do caso em Israel.

A revista alemã Der Spiegel deu a entender que Israel o capturou porque acredita que tem informações valiosas sobre a localização de Gilad Shalit, soldado israelense sequestrado por militantes de Gaza em 2006, que ainda está no território. A advogada e a esposa ucraniana de Abu Sisi, Victoria, negam que ele saiba qualquer coisa sobre Shalit. As informações são da Dow Jones.


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