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Estado de Minas

Primeira missão da Otan contra Kadhafi é controle do embargo de armas


postado em 22/03/2011 15:03

Seis caças noruegueses em base em Creta, nesta terça: missão é fazer valer embargo de armas(foto: REUTERS/Image-services/Stefanos Rapanis)
Seis caças noruegueses em base em Creta, nesta terça: missão é fazer valer embargo de armas (foto: REUTERS/Image-services/Stefanos Rapanis)
A Otan assumirá o controle do embargo de armas ao regime líbio e está preparada para participar do estabelecimento de uma zona de exclusão aérea, anunciaram nesta terça-feira seus países membros, até agora muito divididos sobre o papel da Aliança na ofensiva contra Kadhafi. A Otan "decidiu que ficará encarregada de fazer com que seja efetivado o embargo de armas a partir do mar", indicaram à AFP fontes diplomáticas, durante o sétimo dia consecutivo de reuniões dedicadas à Líbia no quartel-general de Bruxelas. O almirante Stavridis, comandante de operações, "mobiliza barcos e aviões no Mediterrâneo Central" para inspecionar e, "se necessário, interceptar" navios suspeitos de transportar armas ilegais ou mercenários, indicou depois o secretário-geral da Aliança, Anders Fogh Rasmussen. A Otan contribuirá com meios aeronavais para monitorar o cumprimento desta medida decidida pelo Conselho de Segurança da ONU, nesta que será a sua primeira intervenção desde o início da ofensiva liderada por Estados Unidos, Grã-Bretanha e França contra o líder líbio Muamar Kadhafi. A organização mostrou-se disposta a ampliar a sua participação para conter as forças do regime que travam uma guerra contra os opositores, principalmente na implementação de uma zona de exclusão aérea. Seus 28 países-membros "concluíram os planos" para executar essa medida e "contribuir com os esforços internacionais, caso seja necessário, para proteger o povo líbio da violência do regime de Kadhafi", ressaltou Rasmussen. No momento, a coalizão ataca posições do regime líbio e tem como objetivo criar uma zona de exclusão aérea para impedir os voos dos aviões de Kadhafi, em aplicação da resolução 1973 aprovada na quinta-feira pelo Conselho de Segurança. Os países membros da Otan estão divididos sobre o nível de intervenção que esta deve assumir na ofensiva. O presidente americano Barack Obama assegurou na segunda-feira que a Otan "desempenhará um papel" em um prazo de "vários dias, e não semanas". A Aliança "assumirá uma função de coordenação por sua capacidade extraordinária", assegurou Obama, enquanto que o primeiro-ministro britânico, David Cameron, defendeu porque esta fique no controle "em algum momento". Algumas nações como Itália, Bélgica, Dinamarca, Noruega e Canadá, que também participam dos esforços da coalizão que ataca a Líbia, exigem a transferência rápida do comando das operações para a Otan. Mas a França resiste a um papel maior, temendo provocar a rejeição do mundo árabe, hostil à Aliança Atlântica, principalmente, por sua guerra no Afeganistão. A Turquia, apoiada por Alemanha, também se opõe a uma intervenção da organização para evitar qualquer risco de provocar vítimas civis. Ambos os países deixaram muito claro que não participarão das missões de combate na Líbia. A divisão dentro da Otan se transformou em descontentamento em algumas capitais: a Itália ameaçou em impedir que a coalizão tenha acesso as suas bases para intervir na Líbia e a Noruega assegurou que não dará ordem às seus caças F-16 já estacionados na região para que entrem em ação até que seja determinado o papel da organização.


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