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Estado de Minas

Apesar de cessar-fogo, tanques pró-Kadafi entram em Benghazi

Cidade vive novos combates e rebeldes pedem ação internacional para implementar resolução da ONU


postado em 19/03/2011 08:02 / atualizado em 19/03/2011 10:08

 

Rebelde grita
Rebelde grita "Deus é grande" enquanto segura um lança-granadas em Benghazi, neste sábado: invasão (foto: REUTERS / Goran Tomasevic)


Tanques das forças do coronel Muamar Kadafi entraram na cidade de Benghazi, no leste da Líbia, palco de combates sustentados durante a madrugada deste sábado, apesar de o governo líbio insistir que está respeitando um cessar-fogo.

Por volta das 9h da manhã do horário local, os rebeldes comemoraram a derrubada de um avião caça, que foi atingido, pegou fogo e caiu sobre a cidade em um movimento dramático.

Mas o repórter da BBC Ian Pannell, que está no local, disse que não foi possível determinar de que lado estava o avião, e quem o derrubou.

Imagens mostradas pela TV Al Jazeera mostraram partes de Benghazi sob uma nuvem de fumaça. Os sons de bombardeio ecoaram pela cidade no início da manhã deste sábado.

O governo diz que está respeitando um cessar-fogo e que está apenas cercando a cidade com tanques, mas os rebeldes acusam o regime de mentir.

"Agora mesmo está ocorrendo um bombardeio com artilharia e foguetes em todos os bairros de Benghazi", disse neste sábado à TV Al Jazeera o líder dos rebeldes, o ex-ministro do Interior Abdel Jalil.

Presidente do Conselho Nacional Líbio, com sede em Benghazi, Jalil pediu que a comunidade internacional aja com rapidez e implemente a zona de exclusão aérea aprovada pelo Conselho de Segurança da ONU.

"A comunidade internacional está atrasada. Haverá uma catástrofe se as resoluções do Conselho de Segurança da ONU não forem implementadas", disse Abdel Jalil.

"Pedimos à comunidade internacional e a todo o mundo livre que interrompam esse regime tirano de exterminar os civis."

Segundo a TV estatal líbia, os confrontos estão sendo causados por ataques de rebeldes contra as forças do governo.

Ação

Após a aprovação, na quinta-feira, do bloqueio aéreo – e a consequente mobilização de tropas para a região do mar Mediterrâneo –, representantes da França, Grã-Bretanha, Estados Unidos e de outros países árabes se reunirão neste sábado em Paris para discutir uma ação militar.

A coalizão de forças é formada pela França, Grã-Bretanha e Estados Unidos, com o apoio de vários países árabes e europeus.

Com bases se estendendo da Espanha à Grécia, a aliança militar do Atlântico Norte (Otan) já afirmou que pode estabelecer superioridade aérea sobre a Líbia facilmente se receber instruções.

Na sexta-feira, o presidente americano, Barack Obama, subiu o tom contra o líder líbio e afirmou que Kadafi deve cessar as hostilidades contra opositores ou "enfrentar consequências". "Todos os ataques contra civis devem parar. Kadafi deve impedir que suas tropas continuem avançando para Benghazi e retirá-las de Ajdabiyah, Misrata e Zawiya."

"O povo líbio precisa ter acesso a assistência humanitária. Deixe-me ser muito claro: Esses termos não são negociáveis. Se ele não acatar, a comunidade internacional irá impor conseqüências", afirmou Obama.

O governo líbio anunciou um cessar-fogo na sexta-feira, mas desde o princípio os rebeldes e líderes da comunidade internacional se mostraram reticentes em relação ao anúncio.

Horas após o anúncio feito por Tripoli, forças pró-Kadafi atacaram a cidade de Misrata, a única grande cidade controlada por rebeldes no oeste do país, com tanques e artilharia pesada.

Fontes médicas afirmam que os ataques mataram dezenas de pessoas, incluindo crianças. Testemunhas dizem que os ataques de sexta-feira foram os mais violentos desde o início da crise.

Na quinta-feira, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a resolução 1.973, que autoriza "todas as medidas necessárias" para "proteger civis e áreas habitadas por civis" de ataques das forças do coronel Kadafi.

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