(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas

Timor Leste depende de apoio internacional, diz primeiro-ministro


postado em 04/03/2011 16:45

(foto: Agência Brasil)
(foto: Agência Brasil)
O primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, vincula o desenvolvimento do seu país a investimentos do Brasil e do restante da comunidade internacional. Segundo ele, o Timor quer deixar o passado de “país de conflitos” para ingressar em uma nova etapa da história.

Determinado a manter o que chamou de “clima de maior esperança do povo”, Xanana esteve na quinta-feira com a presidente Dilma Rousseff e assinou uma série de acordos de cooperação. Após a reunião, o primeiro-ministro concedeu à TV Brasil uma entrevista exclusiva, que vai ao ar nesta sexta-feira, às 21h. Depois da entrevista, Xanana viajou para São Paulo, onde marcou reuniões com empresários na tentativa de firmar parcerias para investimentos no Timor.

O primeiro-ministro lembrou que há 13 empresas brasileiras atuando na Líbia – país que vive um momento de instabilidade causado pelos conflitos entre forças de oposição e de apoio ao governo de Muammar Khadafi –, o que mostra, segundo ele, que os empresários do Brasil podem também investir no Timor. “Viemos dizer que há oportunidades também no Timor. Estamos abertos a todos os investimentos estrangeiros porque isso que é necessário para criar empregos e desenvolvimento.”

Independente há apenas 11 anos, o Timor Leste ficou sob o domínio, inicialmente, de Portugal e, depois da Indonésia. Internamente, é uma região de conflitos entre grupos políticos. Atentados e ameaças são constantes no país. Porém, Xanana disse que o Timor vive uma fase pacífica e que há um clima de mudanças.

“Ao mesmo tempo em que viemos com um programa de mudanças, de mudanças urgentes, para poder atuar de maneira séria para que nunca mais o Estado caia como no passado de crises”, disse o primeiro-ministro. “Conseguimos criar um precedente político de grande importância: seguir todos os preceitos legais para depois decidir o que fazer e foi isso que ajudou a produzir o pacote de reformas. Hoje há um clima de maior esperança do povo.”

Histórico

Em 2006, houve uma greve geral no Timor que provocou a demissão em massa de servidores de várias áreas, inclusive de militares das Forças Armadas. Para Xanana, a experiência teve o saldo positivo de ensinar a sociedade timorense a buscar a capacitação e se unir. “Na crise em 2006, as instituições políticas do Estado não tiveram a capacidade política de se juntar, de debater e falar e de combater as raízes dos problemas”, disse.

Segundo Xanana, a missão que desempenha externamente é também de mostrar à comunidade internacional que o Timor superou essa etapa. “Vim apresentar [no Brasil] a situação atual do país. O Timor Leste ficou conhecido como o país de conflitos. Mas tentamos resolver”, afirmou.

Atualmente, o Brasil coopera com o Timor em várias áreas. Mas os destaques se concentram em educação e Justiça. Professores brasileiros foram enviados ao país asiático para ensinar o idioma, mas agora o governo timorense quer ampliar a parceria para qualificar as universidades da região. Na Justiça, o sistema brasileiro virou modelo.

Bem-humorado, Xanana disse que o Timor Leste apoia integralmente a candidatura brasileira para uma vaga permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas. “Se houvesse 1.000% de possibilidade, eu diria que seria com 1.000% [que o Brasil teria o apoio do Timor]”, afirmou ele. Até o final deste ano, o Brasil ocupa um assento provisório no órgão.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)