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Estado de Minas EXCLUSIVO

Uberaba exonera fiscais subornados com carnes para alertar vistorias

Prefeitura informou sobre as exonerações um dia após a conclusão de inquérito policial com relação a comércio irregular de carnes em estabelecimentos comerciais


19/05/2023 22:48 - atualizado 19/05/2023 22:48
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carne
Além da suposta garantia de produtos alimentícios, há indícios também do recebimento de valores (foto: Creative/Commons/Diivulgação)
A prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, informou, no final da tarde desta sexta-feira (19/5), com exclusividade ao Estado de Minas, que dos oito fiscais da Vigilância Sanitária investigados pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) por participação em comércio irregular de carnes em açougues e churrascarias da cidade, dois eram comissionados e foram exonerados.

Já um terceiro servidor investigado, ocupante de função pública temporária, também não atua mais na Vigilância Sanitária, pois não teve o contrato renovado. 

“O restante dos servidores (cinco pessoas), por serem efetivos, responderão a processo administrativo disciplinar (PAD) a correr em sigilo”, complementou a prefeitura de Uberaba.

Também consta na nota que a Controladoria-Geral do Município de Uberaba (CGM) teve acesso ao inquérito policial acerca do caso no final da semana passada. 
 

“O processo será conduzido pela CGM e vai apurar a responsabilidade dos servidores para adoção das medidas cabíveis no âmbito administrativo”, destacou a prefeitura.

O município também ressaltou que, desde o início das investigações, tem colaborado com as autoridades competentes, "pois também é de interesse da administração pública o esclarecimento e punição dos eventuais culpados".

Conclusão de inquérito policial 


Nessa quinta-feira (18/5), foi concluído inquérito policial que investiga o comércio irregular de carnes em açougues e churrascarias de Uberaba.

Foram apontadas as participações de oito atuais fiscais e de dois ex-chefes da Vigilância Sanitária do município.

Segundo informações divulgadas pelo delegado responsável pelo inquérito, Tiago Cruz Ferreira, ficou claro que os fiscais recebiam peças de carnes para alertar proprietários de açougues e restaurantes sobre os dias das vistorias.  

“Além da suposta garantia de produtos alimentícios, há indícios também do recebimento de valores por parte dos agentes públicos com intuito de comprometer a fiscalização da Vigilância Sanitária em açougues e restaurantes da cidade (...) Foram identificadas relações de corrupção com dinheiro em espécie”, complementou.

Operação Brahman


Ainda conforme o delegado, durante as investigações do inquérito policial e a partir da Operação Brahman foram cumpridos em açougues e duas churrascarias de Uberaba um total de oito mandados de busca e apreensão. 

Além disso, foram apreendidas cerca de cinco toneladas de alimentos impróprios ao consumo, cinco cabeças de gado recuperadas, 26 pessoas indiciados e 11 prisões em flagrante. 


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