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Estado de Minas PROCESSO ARQUIVADO

CPI da BHTrans: Cade encontra indícios de cartel, mas arquiva processo

Investigação que apurava indícios de cartelização das empresas de transporte coletivo de BH foi arquivada devido ao vencimento do prazo prescricional


05/01/2023 09:28 - atualizado 05/01/2023 10:08

ônibus de Belo Horizonte
Processo que apurou irregularidades nos contratos de ônibus da capital foi arquivado (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A Press)

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) do Ministério da Justiça e Segurança Pública arquivou o procedimento preparatório de inquérito administrativo instaurado para apurar indícios de cartelização das empresas de transporte coletivo de Belo Horizonte.

 

Mesmo com “indícios robustos de ter havido a conduta de formação de cartel" na licitação de 2008, que resultou na contratação das empresas de ônibus que atuam na capital, o Cade arquivou o processo por causa do vencimento do prazo prescricional.

 

A conduta de cartel tem prazo de prescrição de 12 anos. Como o contrato com as empresas de ônibus foi assinado em 2008, a "pretensão sancionatória da conduta" foi esgotada em 2020.

 

No documento, o Cade destaca que, embora não tenha meios de sancionar os responsáveis "pela grave conduta deste caso", a legislação prevê outras possibilidades de compensação dos danos causados à ordem econômica aos consumidores.

 

O Cade determinou, ainda, o encaminhamento dos autos ao Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) e à Procuradoria-Geral de Belo Horizonte.

 

Procurada, a Prefeitura de Belo Horizonte informou que não tem conhecimento do relatório e por isso não irá se posicionar.

 

CPI da BHTrans

Em novembro de 2021, a CPI da BHTrans apurou irregularidades nos contratos de ônibus da capital. Na época, o relatório pediu o indiciamento de mais de 30 pessoas e empresas, incluindo empresários de ônibus e servidores municipais.
 
A comissão concluiu que houve "diversas irregularidades cometidas na própria execução dos serviços outorgados, com profundos reflexos econômicos e sociais, gerando ganhos indevidos aos consórcios concessionários e às empresas prestadoras e prejuízos à população". 
 
relatório apontou 12 crimes cometidos e focou especialmente nos empresários de ônibus, com a recomendação de incriminação por formação de cartel. 


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