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Estado de Minas SAÚDE

Quadro de saúde de adolescente indígena com suspeita de raiva é estável

Menina de 12 anos está internada no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte; ela vive na reserva maxacali de Bertópolis, no Vale do Rio Doce


07/04/2022 20:07 - atualizado 07/04/2022 20:34

Fachada do Hospital Infantil João Paulo II
A garota com suspeita de raiva está internada desde a madrugada de quarta-feira (6/07) no Hospital Infantil João Paulo II, em BH (foto: Fhemig/divulgação)

Internada no Hospital Infantil Joao Paulo II, em Belo Horizonte, com suspeita de raiva humana, a menina indígena de Bertópolis, de 12 anos, tem quadro “considerado estável, apresentando melhoras”, segundo informações da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).


A garota da reserva indígena maxacali no Vale do Rio Doce foi mordida por um morcego hematófago, transmissor da doença.

Internada na madrugada de quarta-feira (6/07), a menina faz parte da reserva macaxali da aldeia Pradinho, situada a 18 quilometros da sede urbana de Bertópolis e que conta com cerca de 700 moradores.

Um adolescente, de 12, da mesma área indígena, morreu segunda-feira (5/04), na Unidade de Pronto de Atendimento (UPA) de Teófilo Otoni (Vale do Rio Doce), pela suspeita de raiva humana. O garoto também tinha sido mordido por um morcego hematófago. 

 

Depois de receber atendimento em um hospital de Macachalis, na mesma região, ele deu entrada na UPA de Teófilo Otoni no último domingo (4/4). Ele apresentou febre, confusão mental, agitação, vômito, sialorreia, edema e ferida no lábio superior. O quadro se agravou e evoluiu para óbito na segunda-feira.

 

O prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT), disse que a familia do adolescente informou que ele havia sido mordido pelo morcego na área maxacali 10 dias antes, mas continuou recebendo “tratamento” apenas com os rituais indígenas, até que o caso se agravou e foi encaminhado para o atendimento médico hospitalar.  

 

Na terça-feira (6/05) à noite, uma menina de 12 anos da aldeia maxacali, que também teria sido mordida por um morcego, apresentou sintomas como cefaleia, febre e sonolência. O quadro se agravou e ela foi encaminhada em uma ambulância, sendo acompanhada por um médico até a UPA de Teófilo Otoni. 

 

Porém, a garota nem chegou a dar entrada na Unidade de Pronto Atendimento de Teófilo Otoni, sendo encaminhada para o Hospital Infantil João Paulo II, da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), em Belo Horizonte.

Secretaria investiga os dois casos 

 

Nesta quinta-feira, por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde reiterou que investiga dois casos suspeitos de raiva humana no município de Bertópolis.


“Importante esclarecer que ambos os casos se encontram em investigação, ou seja, ainda não estão confirmados por exames laboratoriais. As amostras biológicas dos pacientes foram coletadas e encaminhadas para os laboratórios de referência. Não há casos confirmados de raiva humana no estado”, informou a SES-MG.

 

A pasta voltou a enfatizar que notificou  o caso da morte do adolescente suspeita de raiva humana ao Ministério da Saúde e que iniciou a adoção das medidas preventivas contra a transmissão da doença. 

 

“Equipes da secretaria e do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) estão executando ações de captura e manejo de morcegos, identificação de contactantes e vacinação antirrábica em cães e gatos na região”, informou a SES-MG. O órgão divulgou que disponibilizou 100 doses da vacina para a imunização de cães e gatos. 

 

Ainda de acordo com  a Secretaria Estadual de Saúde, o IMA realiza investigação epidemiológica na região da reserva maxacali, em Bertópolis, “para verificar espoliações de morcegos em animais de produção, presença ou relato de mortes de animais com sinais clínicos neurológicos, bem como informações sobre a realização de vacinação antirrábica nesses”.

Para isso, destaca, foram realizados contatos com produtores rurais, informando sobre as formas de prevenção da raiva dos herbívoros.

 

A SES-MG também reiterou a importância de se procurar a unidade de saúde mais próxima para avaliação da necessidade de adoção de medidas profiláticas (administração de vacina e/ou soro) em caso de qualquer incidente com mamíferos silvestres ou domésticos, sobretudo morcegos, cães e gatos.


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