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Estado de Minas CRIMES NAS REDES SOCIAIS

Golpe do WhatsApp faz 40 vítimas em MG; quadrilha agia em 13 estados

Sete autores do crime foram presos no Mato Grosso e além de MG, há vítimas em outros 12 estados


06/04/2022 15:30 - atualizado 06/04/2022 18:08

A major Layla Brunella, da PMMG, faz a contagem dos chips apreendidos em poder de um dos criminosos
A major Layla Brunella, da PMMG, faz a contagem dos chips apreendidos em poder de um dos criminosos (foto: PMMG)
As denúncias feitas por vítimas mineiras, cerca de 40 pessoas até o momento, foram determinantes para a  prisão de sete integrantes de uma quadrilha que aplicava golpe do WhatsApp em pelo menos 13 estados. 

Os criminosos usavam dados pessoais das vítimas e entravam em contato com parentes e amigos, dizendo ter perdido dinheiro e que precisavam de certa quantia.

A operação foi batizada de Camaleão e foi realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Militar de Minas Gerais com apoio do Mato Grosso. 

O caso ficou a cargo do promotor Mauro Ellovich, que calcula um prejuízo de cerca de R$ 1,8 milhão. "As investigações tiveram início em junho de 2021 e a estimativa é de que por dia, eles (criminosos) provocaram um prejuízo de R$ 10 mil".

A major Layla Brunella, do setor de comunicação da PM, contou as horas. "Foram, pelo menos, 10 mil horas de investigações, até que pudéssemos chegar a esses sete presos. A Polícia Militar designou nove agentes da Inteligência para fazer esse trabalho. Tivemos o apoio incondicional do Ministério Público", afirma.

A policial destaca a perseverança das pessoas que procuraram a PM para denunciar. "Normalmente, as pessoas não acreditam que haverá apoio nesse tipo de investigação e que os casos possam ser revertidos. Mas se enganam. A prova está aí, quando pegamos sete dos envolvidos, a partir dessas denúncias". Segundo ela, as denúncias podem ser feitas nas bases comunitárias da PM ou atrás da PM, ou ainda procurando uma delegacia de Polícia Civil.

O golpe


Segundo o promotor Ellovich, os criminosos pediam valores diversos às vítimas, o que impedia o rastreamento. Além disso, usavam chips variados. "Sempre trocavam o chip do telefone".

A major Layla ressalta que somente numa das casas onde foi realizada uma prisão e onde foi também cumprido mandado de busca e apreensão, foram encontrados 58 chips.

Todas as prisões foram efetuadas na Região Metropolitana de Cuiabá, capital do Mato Grosso. A estimativa de pena, segundo o promotor Ellovich, é de 30 anos para cada envolvido. "Os presos serão indiciados por quatro crimes, organização criminosa, estelionato eletrônico, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro".

Além de Minas Gerais, os criminosos fizeram vítimas em outros 12 estados, Amazonas, Pará, Tocantins, Ceará, Rio Grande do Norte, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Mas pode haver vítimas em outros estados, segundo o promotor e a major.

Prioridade mineira

Os sete presos chegarão a Belo Horizonte no princípio da noite desta quarta-feira (6/3), com desembarque previsto para o hangar da Polícia Militar, no Aeroporto da Pampulha.

A investigação é prioritária do Ministério Público Mineiro e Polícia Militar de MG, pois foram do estado que partiu as denúncias. É o que diz o artigo 109 da Constituição Federal do Brasil.


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