Jornal Estado de Minas

APÓS 12 DIAS

Moradores celebram fim de rodízio e reclamam: 'falta de comprometimento'

"Agora podemos ficar mais tranquilos com a rotina dia a dia". É assim que um dos cerca de 500 mil residentes da Grande BH afetados celebrou o fim de rodízio no abastecimento de água, neste domingo (20/3). Desde o dia 8, moradores de BH, Betim, Contagem e outras cidades amargam a suspensão do serviço por, pelo menos, 24h a cada quatro dias.




 
“O que mais impactou nesse rodízio da Copasa, foi a falta de comprometimento com os horários", afirma a auxiliar administrativa Dulceneia Motti, responsável pela frase que abre esta reportagem. Ela mora no Bairro Caiçara, na Região Noroeste da capital.
 
A Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) iniciou um plano de rodízio de suspensão do abastecimento de água na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) no dia 8 deste mês após o rompimento de uma adutora do sistema Serra Azul, em Juatuba. As obras de emergência foram finalizadas na sexta-feira (18/3).

A companhia divulgou um esquema no qual dividiu bairros de nove cidades da Grande BH em quatro regiões: a cada quatro dias, uma dessas regiões ficava 24h sem água - das 22h às 22h. Mas, segundo moradores, os horários divulgados pela empresa não foram cumpridos, o que gerou uma série de problemas aos moradores.





“Informaram que a água voltaria às 22h de sábado, mas não foi o que aconteceu. A água só voltou às 3h30 de domingo, no meio da madrugada. Com isso, a minha caixa d'água esvaziou e ficamos praticamente mais um dia sem água”, reclama  Dulceneia. 

As cidades afetadas pelo racionamento foram: Belo Horizonte, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves, Ibirité, Santa Luzia, Lagoa Santa, Vespasiano e São José da Lapa.

Quatro dias sem água

Nas redes sociais, moradores do Bairro Nova Iorque, em Vespasiano, relataram que estão sem água desde a última quarta-feira (16/3). Na ocasião, 13 bairros do município foram afetados pelo rodízio.

"Bairro Nova Iorque, em Vespasiano, está sem água desde a quarta-feira dia 16 de março. Desrespeito com o povo. Socorro", comentou Alessandra Bugre, em uma publicação na página da Copasa.

A reportagem do Estado de Minas pediu um posicionamento da empresa sobre o ocorrido, mas até a publicação desta matéria a Copasa não se manifestou.