A descoberta foi feita pelo Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (Vigem-MG), iniciativa de vigilância genômica com o objetivo de monitorar as variantes do COVID no estado.
O Vigem-MG reúne pesquisadores da Fundação Ezequiel Dias (Funed), Laboratório de Biologia Integrativa da Universidade Federal de Minas Gerais (LBI-UFMG), Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico da UFMG (Nupad-UFMG) e da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
A caracterização da variante foi incialmente realizada por genotipagem pela UFMG. As análises de genotipagem indicaram o perfil de mutações da variante Ômicron BA.2 (21-L) que foram confirmadas pelo sequenciamento do genoma
Estudos apontam que o perfil é muito similar ao da variante Ômicron em geral, com alta transmissibilidade.
O coordenador da Rede Corona-Ômica.BR-MCTI, Fernando Spilki, explicou ainda que o monitoramento é importante para acompanhar eventuais alterações no padrão de disseminação, manter o monitoramento da eficácia de vacina, entre outras aplicações.
O Ministério da Saúde reforça a importância de completar o ciclo vacinal, usar máscaras N95 e lavar as mãos com frequência.
O que diz o estado
Por meio de nota, a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) informou que recebeu no dia 14 de fevereiro um comunicado do Observatório de Vigilância Genômica de Minas Gerais (OViGen-MG) sobre a identificação da sublinhagem BA.2 da variante Ômicron.
"Trata-se de uma amostra de uma mulher de 17 anos, coletada no dia 18 de janeiro, e o caso está sendo investigado pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs-Minas), junto ao município, para identificação dos contatos e a origem da transmissão", informou.
A SES-MG informou que há 512 casos positivos para a variante Ômicron do SARS-CoV-2 (B.1.1.529) em todo o estado. Os casos foram comunicados ao Ministério da Saúde.