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Estado de Minas COVID-19

Cidades-polo de Minas têm explosões de casos de coronavírus

Contaminações pelo coronavírus dispararam nos maiores municípios de Minas em janeiro, mas vacina freou mortes. Autoridades torcem por alívio em fevereiro


06/02/2022 04:00 - atualizado 06/02/2022 07:30

Vacinação tem freado as hospitalizações e mortes em todo o estado
Apesar do tsunami provocado pela variante Ômicron, o aumento da vacinação tem freado as hospitalizações e mortes em todo o estado (foto: Jair Amaral/EM/D.A Press)

Por conta da circulação da variante Ômicron, Minas Gerais teve uma explosão da COVID-19 em janeiro: cerca de meio milhão de novos casos da doença no estado no primeiro mês do ano, segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde (SES).

As contaminações pelo coronavírus se multiplicaram em todas as cidades-polo de Minas. O crescimento de novos casos não foi acompanhado pelas internações nos hospitais e mortes, situação que decorre do avanço da vacinação, segundo os especialistas.

Mas, com a explosão de novos casos em janeiro, já atingimos o pico da nova fase da pandemia, após a chegada da variante  Ômicron? “Ainda estamos cheios de dúvidas em relação a isso. Pode ser que já estejamos no pico. Mas não sabemos quanto tempo esse pico durará. Pode durar semanas e atravessar todo o mês de fevereiro. Também não dá para garantir que já estamos no pico”, afirma o presidente da Sociedade Mineira de Infectologia (SMI), Estevão Urbano.

O médico infectologista alerta que neste mês ocorre a volta às aulas na forma presencial, o que eleva a probabilidade de transmissão do vírus, ficando mais difícil prever como será o comportamento da pandemia nos próximos dias.

“Teremos agora um movimento muito grande com a volta às aulas (no sistema presencial). Milhões de pessoas vão se aglomerar em locais pequenos, fechados e, eventualmente, pouco ventilados, desde o ensino infantil ao ensino superior”, afirma Urbano.

O infectologista salienta que, diante desse cenário, o grande desafio das autoridades de saúde para este mês é continuar avançando na imunização em massa da população, especialmente, na vacinação infantil (5 a 11 anos) e na aplicação da terceira dose dos adolescentes (12 a 17 anos) e adultos.

“É fundamental continuar com as campanhas de vacinação e mapear o comportamento epidemiológico, que vai indicar (a necessidade de) outras medidas e restrições”, pontua Estevão Urbano.

O presidente da Sociedade Mineira de Infectologia salienta as autoridades sanitárias também devem ficar atentas ao comportamento dos casos em crianças, diante do retorno das aulas presenciais, “inclusive, com a preocupação de fornecer leitos hospitalares suficientes par essa faixa etária”, se houver necessidade.

REMÉDIO PARA TRATAMENTO DA COVID-19


Ao falar dos desafios que vêm pela frente no enfrentamento da pandemia, Estevão Urbano lembra que as equipes de saúde vivem também a expectativa de, em breve, poderem usar medicamentos eficazes no tratamento do coronavirus, com respaldo da ciência.

O especialista disse que a expectativa dos profissionais de saúde é “agilizar ao  máximo” a  venda de medicamentos para a COVID-19, que devem chegar (às farmácias) em março e devem melhorar o prognóstico da doença com o chamado tratamento precoce. “O exemplo é o molnupiravir, que pode chegar ao Brasil em março”, assegura o infectologista.

O molnupiravir é um remédio antiviral testado nos Estados Unidos pela farmacêutica MDS, em parceria com a empresa Ridgeback Biotherapeutics, como uma das alternativas para tratar a infecção pelo coronavírus. O objetivo é o tratamento via  oral, por meio de pílulas, no início da infecção.

A farmacêutica responsável solicitou o uso emergencial do medicamento contra a COVID-19 nos Estados Unidos, fazendo o mesmo pedido junto as outras agências reguladoras no mundo.




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