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Estado de Minas COVID-19

Menos vacinas mais uma vez

Ministério da Saúde volta a reduzir previsão de entrega de imunizantes com apenas 6% da população vacinada. Queda é atribuída a cronograma


24/03/2021 04:00 - atualizado 23/03/2021 23:27

Caixas com CoronaVac são desembarcadas em Confins: país terá quase 10 milhões de doses a menos em abril, nas contas do governo (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 3/3/21)
Caixas com CoronaVac são desembarcadas em Confins: país terá quase 10 milhões de doses a menos em abril, nas contas do governo (foto: Edésio Ferreira/EM/D.A Press - 3/3/21)

Com apenas 6% da população brasileira imunizada contra o coronavírus, o Ministério da Saúde volta a apresentar cronograma diferente em relação à entrega de vacinas contratadas. Segundo a plataforma Localiza SUS, o total de vacinas previstas para abril reduziu de 57,1 milhões para 47,3 milhões, uma queda de 17%. A versão atualizada do documento foi do dia 19, quatro dias depois de o governo disponibilizar 9,8 milhões a mais para os brasileiros.

Na nova contagem, o Ministério da Saúde diminuiu 1 milhão de doses da Pfizer e outras 8,85 milhões da AstraZeneca/Oxford produzidas. A pasta justificou a mudança salientando que a oferta depende essencialmente da capacidade de produção dos laboratórios contratados pelo governo. “O cronograma de entrega pode sofrer mudanças de acordo com a produção das vacinas”, diz a pasta em nota.

A maior parte das doses previstas para abril pertence aos laboratórios Sinovac/Butantan, que vai liberar uma remessa de 15,7 milhões, e AstraZeneca/Fiocruz, responsável por 21,1 milhões de doses para o país. Há ainda 2 milhões de doses vindas da AstraZeneca/Índia e 8 milhões da Bharat Biotech/Precisa, imunizante que não recebeu aprovação emergencial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Por fim, o governo prevê 400 mil doses da russa Gamaleya/União Química, que também não tem certificado de validação.

Exonerado ontem pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o então ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, já havia reduzido por três meses a previsão de vacinas para março. Em fevereiro, durante discurso em Brasília, o chefe da pasta disse que o Brasil teria garantidos 46 milhões de doses. Em seguida, no início do mês, ele deu garantia de que o governo distribuiria entre 25 milhões e 28 milhões de doses. Por fim, reduziu a quantidade para entre 22 milhões e 25 milhões.

Na ocasião, Pazuello voltou a falar do conflito entre imprensa e governo e não explicou as constantes mudanças no cronograma: “Às vezes, fica de uma forma errada na visão da imprensa e do restante do povo. Não é uma redução. É uma garantia com possibilidades de ir além”.

No início deste mês, o cronograma do Ministério da Saúde previa pelo menos 400 mil doses da vacina russa Sputink e outras 8 milhões da indiana Covaxin, mas a pasta não confirmou o acordo na compra dos imunizantes. Por sua vez, o governo anunciou acordos para a chegada de 100 milhões vacinas da Pfizer e 38 milhões da Janssen. Há ainda 33 milhões que virão do convênio Covax Facility – inicialmente seriam 46 milhões de doses confirmadas por Pazuello –, mas a vinda delas depende do aval da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Negociação 


Segundo o governo federal, o Brasil está em tratativas para fazer acordo com o laboratório Moderna, dos Estados Unidos. A partir de julho, o país pode receber em torno de 13 milhões de doses, a maioria em dezembro (4 milhões). Em 2022, a promessa do Ministério da Saúde é de que os brasileiros tenham à disposição mais de 50 milhões do imunizante norte-americano.

Nos dois primeiros meses do Plano Nacional de Imunização (PNI), o Brasil recebeu quase 17 milhões de vacinas para imunizar grupos prioritários como profissionais de saúde, grupos indígenas, moradores de asilos e casas de apoio e idosos. Dos estados, o que mais está acelerado no processo de vacinação é o Amazonas, que aplicou pouco mais de 518 mil doses, o que corresponde a quase 10% de sua população.



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