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Estado de Minas VACINAÇÃO

Ibirité, Betim e Fabriciano imunizam com a segunda dose da CoronaVac

Na RMBH, Ibirité e Betim já começaram a aplicar a segunda dose da CoronaVac. No Vale do Aço, Coronel Fabriciano é a única cidade que deu início à segunda fase


03/02/2021 17:25 - atualizado 03/02/2021 22:55

A técnica de enfermagem, Rita Gonçalves dos Reis Silva, entrou para a história ao ser imunizada com a segunda dose da CoronaVac em Ibirité. (foto: Prefeitura Ibirité/Divulgação)
A técnica de enfermagem, Rita Gonçalves dos Reis Silva, entrou para a história ao ser imunizada com a segunda dose da CoronaVac em Ibirité. (foto: Prefeitura Ibirité/Divulgação)
Minas Gerais começou a imunizar os primeiros profissionais da saúde com a segunda dose da CoronaVac. Ibirité e Betim são as primeiras cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) a aplicar a segunda rodada da vacina contra a COVID-19. No Leste de Minas, apenas Coronel Fabriciano deu início aos protocolos da segunda dose.

Muitas cidades já receberam o novo lote, mas ainda estão se organizando e encaminhando para os hospitais e unidades de saúde.  
 
A espera por esse momento pareceu uma eternidade para os que trabalham na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus. Rita Gonçalves dos Reis Silva, de 34 anos, técnica de enfermagem do Hospital de Campanha de Ibirité, recebeu a segunda dose na terça-feira (2/2).  
 
“Tomar esta segunda dose significa esperança de, no meu caso, não me reinfectar porque já peguei COVID. É um vírus traiçoeiro, nunca se sabe qual será a gravidade. Vi muitas vidas sendo perdidas e famílias inteiras infectadas, um sofrimento imenso. Para mim, a espera da vacina foi longa. É uma conquista. Agora a esperança se sobrepõe ao medo”, diz Rita. 
 
Wilson Bispo dos Santos, 50 anos, é auxiliar de serviços gerais há 15 anos no Hospital Regional de Ibirité e também atuou no Hospital de Campanha. Ele foi o segundo no município a receber a segunda dose e conta que o medo de contrair a doença era constante. 
 
“É uma felicidade muito grande, o sentimento é de gratidão. O medo era grande de contrair a doença, eu ficava bastante preocupado porque convivo com os meus pais e avós. Minha mãe tem problema no coração, pressão alta e diabetes e o medo era de levar o vírus para casa”, conta Wilson, que não teve nenhum efeito colateral quando recebeu a primeira dose. 
 
“Eu acredito nos pesquisadores. A vacina hoje não é uma realidade para todo mundo, mas certamente em breve, quando a vacina estiver disponível para todos, vamos erradicar essa doença”, comemorou Wilson.  
Wilson Bispo dos Santos não via a hora de se imunizar. O medo, segundo ele, era de levar a doença para casa. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press)
Wilson Bispo dos Santos não via a hora de se imunizar. O medo, segundo ele, era de levar a doença para casa. (foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A press)
 
 
De acordo com a assessoria de comunicação de Ibirité, todos os profissionais da saúde serão atendidos. Ao todo, 2.722 pessoas serão imunizadas na cidade, sendo 1.177 profissionais imunizados do primeiro lote, mais 1.545 pessoas do segundo lote (sendo 155 da CoronaVac e 1.390 da Astrazeneca). 
 
Outra cidade da RMBH, Betim, também deu início aos protocolos para a segunda dose. Na tarde desta quarta-feira (3/2) os trabalhadores do Centro de Cuidados Intensivos, o Cecovid-4, foram os primeiros a receber a segunda dose. Ao longo das próximas semanas, as demais unidades de saúde receberão o complemento. 
 
Betim obteve 5.161 doses da CoronaVac para a segunda etapa de imunização. O município também recebeu da Secretaria de Estado da Saúde (SES-MG) um novo lote com 670 doses da CoronaVac e 2.990 da vacina Astrazeneca para aplicação da primeira dose. 

Vale do Aço

Entre as grandes cidades do Leste de Minas, apenas Coronel Fabriciano, no Vale do Aço, tem vacinado os idosos que não estão nos asilos e casas de repouso. Os idosos internos dessas instituições foram os primeiros a serem imunizados na cidade. Os demais estão sendo visitados em suas residências, onde recebem a vacina. 
 
A vacina em domicílio, segundo a prefeitura, é uma forma de garantir a segurança das pessoas de grupos de risco, evitando a exposição desnecessária com os deslocamentos até as UBS. A vacinação domiciliar de idosos e doentes crônicos começou na quinta-feira (20/1), dia do aniversário de 72 anos de Coronel Fabriciano.  
 
Nessa terça-feira (2/2), o prefeito Marcos Vinícius da Silva Bizarro (PSDB), que é geriatra, aplicou a segunda dose da vacina em 27 internos Serviço de Acolhimento Institucional - Lar dos Idosos Bem Viver. Nos próximos dias, todos os vacinados com a primeira dose, inclusive os idosos que receberam a vacina em domicílio, receberão a segunda dose. 
 
“Todos os idosos e pacientes crônicos serão vacinados em domicílio, assim como fizemos na campanha da vacinação contra a gripe, no ano passado. Então, todos devem permaner em casa, evitando se expor ao vírus”, disse o Secretário de Governança da Saúde, Ricardo Cacau.
 
Para isso, a Prefeitura de Fabriciano pede para os idosos manterem seus dados atualizados junto à Unidade Básica de Saúde próxima de sua casa. Basta uma pessoa da família que não faça parte do grupo de risco procurar a Unidade de Saúde pessoalmente ou acionar o Agente Comunitário de Saúde (ACS). 
 
Na segunda-feira (1º/2), Coronel Fabriciano recebeu mais 1.465 doses de dois tipos de vacina contra o novo coronavirus: a Astrazeneca e a CoronaVac, por meio da Superintendência Regional de Saúde (SRS). 
 
Esse volume, segundo o secretário Ricardo Cacau, ainda é insuficiente para atender toda a cidade, mas outras remessas são aguardadas para a próxima semana e a expectativa do município é de não interromper o trabalho. 

Vacinômetro em Minas 

Segundo o vacinômetro da secretaria de estado da saúde (SES-MG), na tarde desta quarta-feira (3/1), a vacina já foi aplicada a 179.990 profissionais da saúde, 13.015 idosos em Instituições de Longa Permanência, 1.136 pessoas com deficiência em residências inclusivas e  2.685 população indígena em Minas Gerais. Os dados, porém, não informam quantas pessoas já receberam a segunda dose.   
 
Segundo especialistas, a proteção começa, em média, duas semanas após a aplicação da segunda dose no paciente. Este foi o intervalo de tempo usado nos testes clínicos das duas vacinas disponíveis no Brasil, a Coronavac e a Astrazeneca, para medição da resposta imune dos vacinados. Por este motivo, os médicos recomendam que todos os cuidados sejam mantidos mesmo após a vacinação, como o uso de máscara, a higienização das mãos e o distanciamento social.


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