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Estado de Minas INVESTIGAÇÃO

Fundador da Ricardo Eletro desembarca no Aeroporto da Pampulha

Ele foi preso pela PCMG em operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal


postado em 08/07/2020 16:58 / atualizado em 08/07/2020 17:50

Na foto, o avião que trouxe o Ricardo até o Aeroporto da Pampulha(foto: Matheus Adler/EM/DA Press )
Na foto, o avião que trouxe o Ricardo até o Aeroporto da Pampulha (foto: Matheus Adler/EM/DA Press )
Ricardo Nunes, fundador e ex-principal acionista da rede varejista Ricardo Eletro, desembarcou no Aeroporto da Pampulha em Belo Horizonte, na tarde desta quarta-feira.  Ele estava em São Paulo e deve ser levado para o Instituto Médico Legal (IML) para exames. 

Segundo a Polícia Civil de Minas Gerais, após conclusão dos serviços de Polícia Judiciária, os suspeitos serão encaminhados ao sistema prisional.

A Polícia Civil, a Receita Estadual e o Ministério Público de Minas Gerais cumpriram nesta manhã 14 mandados de busca e apreensão e três de prisão em cidades da Região Metropolitana de Belo Horizonte e de São Paulo.

As ordens visam empresários ligados à rede de varejo especializada em eletrodomésticos Ricardo Eletro e são fruto de uma operação contra lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

As autoridades estimam que os empresários tenham sido beneficiados em R$ 387 milhões pelas infrações nos últimos cinco anos. Entre os gestores alvos da operação está Ricardo Nunes, fundador da Ricardo Eletro. Parentes do administrador, como o irmão mais novo, Rodrigo Nunes, e a filha mais velha, Laura Nunes, também são suspeitos.

Ver galeria . 14 Fotos Uma mansão no Belvedere foi alvo de busca e apreensão dos agentesEdesio Ferreira/EM/D. A. Press
Uma mansão no Belvedere foi alvo de busca e apreensão dos agentes (foto: Edesio Ferreira/EM/D. A. Press )
“As investigações começaram em 2018, através de inquérito policial, onde foi verificado que o investigado mantinha conduta, de forma reiterada, para omissão do pagamento, se apropriando do ICMS não recolhido. Em contrapartida, o seu patrimônio, das empresas patrimoniais em nome da filha e da mãe, só crescia. A partir desse momento, de uma ocultação do dinheiro sonegado, representamos ao Poder Judiciário pelo sequestro dos bens patrimoniais, sendo deferido em torno de R$ 60 milhões, visando ressarcir os cofres do estado de Minas Gerais”, detalhou o responsável pelo inquérito, o delegado Vitor Abdala.

Em Belo Horizonte, uma mansão no Bairro Belvedere, na Região Centro-Sul, foi alvo de mandados. O segurança da residência de luxo foi preso por desobecer ordem policial. Em Contagem, na Região Metropolitana de BH, no Bairro São Mateus, o centro de distribuição da Ricardo Eletro também foi visitado pelas autoridades.

O que diz a Ricardo Eletro


A Ricardo Eletro informa que Ricardo Nunes e/ou familiares não fazem parte do seu quadro de acionistas e nem mesmo da administração da companhia desde 2019, que hoje tem controle acionário diferente. A Companhia vem trabalhando para superar as crises financeiras que a assolam desde 2017, sendo inclusive objeto de recuperação extrajudicial devidamente homologada perante a Justiça, em 2019.

Vale ainda esclarecer que operação realizada hoje (08/07) pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), pela Receita Estadual e pela Polícia Civil, faz parte de processos anteriores à gestão atual da Companhia e dizem respeito a supostos atos praticados por Ricardo Nunes e familiares, não tendo ligação com a Companhia.

Em relação à dívida com o Estado de MG, a Ricardo Eletro reconhece parcialmente as dívidas, e, antes da pandemia, estava em discussão avançada com o Estado para pagamento dos tributos passados, em consonância com as leis estaduais.

A Ricardo Eletro se coloca à disposição para colaborar integralmente com as investigações. 

Atenciosamente Pedro Bianchi CEO

(Com informações de Matheus Muratori)


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