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Estado de Minas SEM A DOENÇA

Novo coronavírus não é detectado em pequenas cidades mineiras

Juntas, elas reúnem pouco mais de 50 mil habitantes e antecipação de medidas de isolamento em municípios vizinhos é destacada pelos gestores de saúde


postado em 13/05/2020 16:25 / atualizado em 13/05/2020 18:12

Em São Sebastião do Rio Preto a secretaria de saúde optou pela orientação à população como medida de enfrentamento (foto: Divulgação/Prefeitura)
Em São Sebastião do Rio Preto a secretaria de saúde optou pela orientação à população como medida de enfrentamento (foto: Divulgação/Prefeitura)
Com 1.873 habitantes, Tapiraí, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, aparece entre as 13 cidades do estado sem notificação do novo coronavírus. O levantamento foi realizado pelo projeto Coronavírus-MG.com.br com base em dados oficiais da Secretaria de Estado de Saúde (SES)

Dos 853 municípios mineiros apenas Cordislândia (Sul de Minas); Itaipé, Umburatiba (Jequitinhonha); Novorizonte, Serranópolis de Minas, Ponto Chique (Norte de Minas); Oliveira Fortes, Pedro Teixeira (Zona da Mata); Paulistas (Rio Doce); Pratinha (Alto Paranaíba); Santo Antônio do Rio Abaixo, São Sebastião do Rio Preto (Central); além de Tapiraí não tiveram caso notificado até agora. 

Juntos, eles reúnem pouco mais de 50 mil habitantes, ou seja, apenas 0,2% da população total do estado.


Medidas de enfrentamento antecipadas


Mesmo sem contabilizar notificação, Tapiraí se antecipou às medidas de enfrentamento. Os primeiros decretos foram publicados em 15 de março. Por lá, o uso de máscaras é obrigatório e para assegurar a adesão da população houve distribuição de duas para cada morador.

Os estabelecimentos comerciais também receberam o kit proteção que inclui o álcool em gel.

Para o diretor em saúde do município, Pedro Henrique Cardoso, a antecipação das ações influenciou diretamente nos resultados. “A gente não consegue atingir 100% da população. Mas, os decretos reforçam mais a necessidade de prevenção. Mesmo com carros de som circulando, quando as medidas partem da prefeitura a adesão é maior”, argumentou. 

Após o final de semana do Dia das Mães, foi determinado o isolamento por 14 dias de todos os visitantes que ainda estão na cidade e os moradores regressos. “A equipe de saúde procura essas pessoas e elas assinam termo se comprometendo a ficar em isolamento”, explica Cardoso.

Durante esse período, as equipes de saúde monitoram os confinados. “É uma forma de rastrear caso seja registrado algum caso. Se a gente acompanha vamos saber se é alguém que veio ou esteve, por exemplo, em Araxá”, completa.

Pequeno, Tapiraí depende de municípios vizinhos. Bambuí é a principal referência para os moradores. “Temos pequenas mercearias, muita gente vai até lá para ter acesso a mais produtos. Estamos orientando as pessoas a irem só em caso de necessidade. Quando saem, a gente não consegue acompanhar se estão seguindo os protocolos”, destaca Cardoso.

Bambuí tem 39 notificações suspeitas de COVID-19 e nenhuma confirmação.

Com a economia voltada para o café, a prefeitura realizou busca ativa nas fazendas para orientação aos trabalhadores que chegaram para a safra.

A cada oito dias é realizada a desinfecção dos espaços públicos de Tapiraí (foto: Divulgação/Prefeitura)
A cada oito dias é realizada a desinfecção dos espaços públicos de Tapiraí (foto: Divulgação/Prefeitura)

 

Isolamento das cidades vizinhas

Com 1.623 habitantes, a gerente das unidades de saúde de São Sebastião do Rio Preto, Região Central, Mariana Quintão atribui ao isolamento social adotado nas cidades vizinhas o reflexo positivo de notificações. “Ainda não tivemos casos porque a cidade é muito pequena. As pessoas vão muito a Santa Maria de Itabira. Lá, o comércio estava fechado, então não fazia sentido ir”, explica. O único ônibus intermunicipal está parado.

O comércio não fechou. Apenas os protocolos preconizados pelo estado e pelo Ministério da Saúde foram adotados. Houve restrições para entrar nos estabelecimentos, orientações para uso de máscaras. Ações de conscientização também. Mesmo com as medidas, Mariana acredita que o resultado obtido até o momento poderá ser influenciado com a flexibilização das atividades econômicas nas cidades vizinhas.

“Próximo da população”

Para a secretária de Saúde de Pedro Teixeira, na Zona da Mata, Ellen Cristina Oliveira, os municípios pequenos são mais fáceis de ser monitorados. “Tem como abraçá-los como um todo e estar mais próximo da população para ver se há irregularidades e se as pessoas estão infringindo as normas”, conta. 

Por lá, algumas medidas restritivas também ajudam no controle. “Como é uma cidade carente as pessoas utilizam muito o serviço público. Como suspendemos o transporte da saúde e educação, as pessoas estão indo menos a Juiz de Fora e ficando mais em casa”, destaca. Pedro Teixeira tem 1785 habitantes.

Amanda Quintiliano,especial para o EM 


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